quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ser a si.

O que leva as pessoas as serem mais um membro de modinhas?
Eu não sei se me impressiona ou me enoja, mas cada dia surge uma nova pessoa imitando alguém em algo.
Mesma tatooagem, se vestindo da mesma maneira, correndo atrás do blog do Lúcio Ribeiro pra saber o que gosta, forçando uma personalidade que não é sua para agradar os outros, etc.
Não me desce.
Como pode alguém não ser capaz de decidir por si próprio o que marcar como significante em seu próprio corpo, escolher a roupa que mais lhe agrada ou conforta, decidir por si seu gosto musical ou abrir mão de sua verdadeira natureza apenas para conseguir amigos.
Quem é o que é (tá, plágio), consegue as coisas do seu modo, pessoas!
Se aquele símbolo não diz muito sobre a sua pessoa, não tatue! Aposto que encontrará milhões de pessoas que o aceitarão pelo que é!
O mesmo vale para roupa, gosto musical e, especialmente, pesonalidade!
Mesmo que venha a ser o caso de estarmos falando da pessoas mais insuportável do mundo, alguém certamente gostará desta pessoas pelo que ela é.
Olha meu exemplo, não sou nem um pouco paciente. Admito que isto seja um defeito meu. Deixa meu defeito! É meu! Algumas pessoas podem não gostar. Hummm Vejamos, sete bilhões de pessoas no mundo. É, realmente, algumas pessoas não gostarem disso é O problema da minha curta existência.
Sabe o que é melhor? Eu consegui amigos e todo o conjunto de relacionamentos sociais sendo assim. Sério! Sem sequer disfarçar! E olha que eu sou chato na minha impaciência.
Proponho uma brincadeira para o mundo. Vamos brincar de sermos nós mesmos por um ano. Ok, ok! Uma semana pois estou ciente da dificuldade global em saber quem se é e de conviver com o seu Eu real.
Será que conseguem? Duvido.
Uma coisa eu garanto, o "mal estar na civilização" provavelmente diminua. Os casos de úlcera certamente diminuirão. Ansiedades e suas conseqüências, como uso de drogas, por exemplo, reduzirão dramaticamente. Menos tempo será perdido em rituais como nossos rituais de se aproximar das pessoas, fazer amizade, "acasalamento", etc.
Eu voto por menos burocracia na nossa vida. Não estou nem falando da burocracia de coisas de lei nem nada. Burocracia dos rituais. De perguntar "tudo bem?" para alguém que não temos o MENOR interesse na vida e, ainda por cima, só nos contentarmos se a resposta for "tudo bem".
É...admito, eu estou cansado.
Bora brincar de ser gente?





Postado por Ricardo Ceratti.

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