domingo, 10 de maio de 2009

Liberdade.

Hoje me dei conta da diferença que é fazer algo forçado ou pela própria vontade.
Durante minha infância eu era obrigado a passar, por exemplo, dia das mães com minha avó.
Eu, como bom aborrecente mala, achava aquilo uma tortura, uma tirania.
Então, um belo ano minha mãe falou que dali em diante eu iria somente se eu quisesse. Aproveitou e me explicou da importância que tinha para ela e para minha avó, já bem velhinha.
De lá pra cá, por vontade própria, não teve um ano sequer que eu não fui.
E nunca mais achei uma tortura, passei a achar até legal socializar com primos e tios.
A diferença que faz quando nos dão o direito de decidirmos e nos responsabilizarmos pela nossa própria vida. Quando somos respeitados, tratados como capazes de pensar por si.
E tem gente que ainda acredita que ficar mandando e desmandando é a melhor forma de educar... vai entender.




Postado por Ricardo Ceratti.

É proibido sorrir.

Engraçado como os valores são...
Andei reparando nas diferentes reações das pessoas quando o assunto é ter pressa para fazer alguma coisa.
Se temos pressa para fazer algo que gostamos, um lazer, algo bom, que dá prazer, recebemos caras (e às vezes até comentários) de desaprovação. "É um folgado mesmo!" As pessoas reagem à nossa pressa como se ansiar para tomar uma cervejinha com amigos, pegar um cinema com a namorada ou até mesmo dar uma cochilada, fosse uma coisa feia, reservada somente para os infantis ou egoístas. É feio admitir o desejo por estas coisas!
Aah! Mas se a pressa é para coisas desagradáveis todo mundo entende! Todo mundo fica super compreensivo! Precisa sair correndo uns minutinhos mais cedo pra ir trabalhar? Está angustiado por ter que estudar para uma prova? Precisa de um "arrego" por ter "paleteado" peso e mais peso durante todo final de semana? Ora, tudo bem! Não tem problema algum!
Graças à nossa cultura de só valorizar passar dificuldade, se matar trabalhando, fazer coisas não muito agradáveis, acabamos formando uma nação de mentirosos, de distorcedores da realidade.
Como?
Para não sermos "carrasqueados" pelo julgamento alheio, exageramos nossas dificuldades, nos "coitadinhizamos". Tem que dar uma revisadinha antes da prova? "Aaah, tenho uma prova super difícil, vai cair meio mundo nela! Não tive nem tempo de estudar direito!" (Oh, drama, drama).
E, pelo outro lado da moeda, acabamos diminuindo nossos prazeres, os tornando pesares. Vai dar uma volta com um amigo? "Ai, meu amigo está precisando conversar, ele está passando por tanta dificuldade! Não sei o que seria dele sem meu apoio constante! Pena que acaba sendo cansativo pra mim estar sempre presente" (Anmraaaaam).
E, nesse bolão acaba entrando tudo!
Feio é aquele que está bem financeiramente! Bonito é dizer que está passando necessidade!
Errado é aquele que está sem problemas na vida! Invente um, ora bolas!!!
Em alguns surge o sentimento de estar errado por se sentir bem e estar vivendo bem enquanto tantos outros vivem tão mal (ou, pelo menos demonstram estar tão mal). A solução? Ficar menosprezando todos aspectos da própria vida.
E assim acabamos gastando nosso tempo e energias lidando com os problemas reais, inventando problemas, mentindo uns para os outros e nos sentindo culpados pelos momentos de felicidade, por mais breves que sejam.
Eficiente, não?




Postado por Ricardo Ceratti.

domingo, 3 de maio de 2009

Citação II.

"Alguns humanos não chegaram ao estágio dos macacos ainda."




Citando Caio Ceratt.

sábado, 2 de maio de 2009

Contradição.

Eu amo tudo que amo, mas também amo o oposto de tudo que amo.



Postado por Ricardo Ceratti.