sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Que seja na marra!

Criando caminhos artificiais para chegar novamente a lugares que já foram tão fáceis e tão "de casa".




Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Uso das palavras

Quando se usa indiscriminadamente uma palavra, ela perde seu significado, ou, no mínimo, perde sua força.
Da mesma forma acontece quando ela é apropriada como forma de definir algo que não era seu significado original.
Um exemplo de ressinificação é o que aconteceu com a palavra "preconceito". Virou sinônimo de "não gostar", de "aversão", de "tratar mal". Vou explicar uma coisa: "preconceito" é ter um conceito sem conhecer. Se conhecemos algo ou alguém, podemos ter uma gama de sentimentos, atitudes ou reações, inclusive estas citadas anteriormente, que NÃO se constituirá em "preconceito"!
É na busca por uma forma de resistência que o mesmo conceito é utilizado por grupos em considerada desvantagem social (mais uma vez um termo utilizado incorretamente: "minorias" mesmo que, por exemplo, as mulheres já sejam mais de 50% da população), como é o caso da apropriação que já vem acontecendo há tempos dos termos que surgem da palavra "negro", bem como, mais recente, do termo "vadia".
Acho totalmente compreensível esta distorção do significado original quando se trata de uma forma de defesa, porém, a distorção por distorcer, que muitas vezes anda de mãos dadas com um sentimento de ranço e vitimização - aquele sentimento que não quer batalhar por um tratamento digno, e sim que clama o direito a ser digno de pena -, não passa de uma forma de estupidificar a língua.
Um mínimo de literatura nos mostra a distopia que este rumo leva, como se pode perceber com a "novilíngua" do livro 1984 de George Orwell. Ainda assim, a sensação é de que somos aquela bola que caiu no mar, e está pouco a pouco sendo arrastada pela correnteza cada vez mais para o fundo.
E o que talvez me seja mais chocante, e mais perturbador, é um caso do desfazimento da força de uma palavra 100% positiva.
É o caso da palavra "amor", que cada vez é utilizada mais levianamente, abrangendo uma gama de sentimentos (ou até vontade de ter tais sentimentos) de intensidade menor, usada como verbo que não combina com o objeto (direto ou indireto), e se tornando cada vez mais uma coisa pálida e desvalorizada.
Se nada está muito baixo, e nada está muito alto, como saberemos quando saímos do meio?




Postado por Ricardo Ceratti.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Relações humanas (humanas?)

Quando foi exatamente que as relações humanas passaram a ter a lógica da prestação de serviços?




Postado por Ricardo Ceratti.

Sofrer por antecipação

Bem que o sofrimento poderia ser como uma dívida:
Se você já sofreu por antecipação, não precisa sofrer mais por aquele determinado motivo.




Postado por Ricardo Ceratti.

Dinheiro

De que adianta o salário mínimo aumentar uma determinada porcentagem se quase instantaneamente todos produtos e serviços passam a custar mais caro numa porcentagem maior?
Que babaquisse é essa?
Adiantaria ganharmos um milhão por mês se o litro de leite custasse 500 mil?

A concessão desenfreada de crédito, demandada por um povo convencido de fúteis necessidades consumistas, não unicamente duas coisas: o empobrecimento/endividamento eterno da população; e uma densa distorção de mercado.
O primeiro se dá através de um novo paradigma de vida, onde se vive a pagar juros, a deixar para os próximos meses, e se conta sempre com o dinheiro de quase um ano à frente. Um ciclo que jamais será rompido pela sua saturação auto-perpetuante, na qual é virtualmente impossível passar um mês com os rendimentos do mesmo, por estarem (quase) integralmente comprometidos com dívidas (e juros) de gastos (na maioria das vezes dispensáveis, mas nem sempre) passados.
O segundo é mais simples ainda: Se existe mais dinheiro em circulação do que dinheiro existindo, é óbvio que a valorização dos bens (bem como da própria moeda) não possui uma estrutura coerente. É como se existisse dinheiro para comprar tudo, mas o preço de tudo requeresse um complemento de dinheiro de Banco Imobiliário (o jogo). Além do fato de que, com mais dinheiro (fictício neste caso), mais se compra. Quanto mais se compra, mais a balança pende pro lado da procura e não da demanda. Uma vez existindo a impressão de que há maior interesse pelos bens que os próprios bens, seu preço sobe e, se isso persistir de maneira consistente e desenfreada, a produção dos próprios bens trata de sofrer um incremento de forma a dar conta de suprir este lucrativo mercado.

Tudo isso é bem óbvio, né? Estou sendo maçante e "chovendo no molhado", certo? Pois então, não ando com a impressão de que as pessoas estão entendendo este conceito... e isso, meus caros, me preocupa.




Postado por Ricardo Ceratti.

Enganou-se?

Quando só se conhece uma coisa, se acha que tudo é igual.
Quando se começa a conhecer outras coisas, começa a se achar idiota.




Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Investimento

Numa aula da faculdade de administração o professor pede para que os alunos dêem um exemplo de investimento lucrativo.
Em meio aos inúmeros exemplos, surge um que foi no mínimo inesperado. O aluno contou:
“Num determinado ambiente, onde as mesmas pessoas conviviam diariamente, uma moça bonita começa a usar seu charme em um moço bem desligado. Passou semanas sendo meiga, querida, sorridente, batalhadora, dando provas de sua inteligência, demonstrando admiráveis valores, compartilhando alguns de seus bonitos sonhos, e deixando escapar feitos de perseverança.
Pouco a pouco o rapaz, que mal reparava na existência de outras pessoas, foi desenvolvendo grande carinho, admiração e desejo pela moça. Até um ponto em que o rapaz se viu pensando nela a todo momento, ansiando pela próxima vez que a veria, querendo pô-la em seus braços e tomá-la para si.
A partir deste momento a moça não precisava mais demonstrar nenhuma daquelas características. Poderia ser grossa, cortante, não dar assunto e não se aprofundar em conversa alguma, demonstrar um gosto por coisas estúpidas, deixar transparecer comodismo, e ainda assim teria o moço a idolatrando e correndo para ter um minuto que seja em sua companhia.
Não digo que a moça passou a se mostrar de tal forma, ao menos não todos estes exemplos, e talvez não o tempo todo. O fato é que a moça não precisava mais de esforço algum - seja em tempo, em pensamento, em demonstrações - para manter aquele moço hipnotizado a seguindo como uma cobra segue o flautista. Esta moça poderia utilizar suas energias para cativar outros corações, se assim vier a desejar, que aquele coração permaneceria (ao menos por um certo tempo) sendo sua posse imaterial.

E este, caros colegas, é o que eu considero um ótimo exemplo de investimento. Um uso maciço de recursos e tempo por pouco mais de um mês, para fazer uma aquisição que depois colocaria o investimento inicial numa posição de alta liquidez, e logo o liberando para burlar um possível custo de oportunidade.”




Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Universo

Ok universo, já entendi seu objetivo.
Pois bem. Jogue tudo que tem para jogar em mim, dê seu melhor, faça por onde me derrubar.
Mas, se eu sair vitorioso, aceite sua derrota e não volte a me perturbar!




Postado por Ricardo Ceratti.