segunda-feira, 14 de novembro de 2016

The three things / As três coisas

Considering on what life has taught me, my parents wisdom and my nephews potential:
When you grow up, if you are smart enough, you will learn by yourself that:
- The best people can offer you is respect;
- The most valuable thing is time;
- The best feeling is serenity

Considerando o que a vida me ensinou, na sabedoria dos meus pais e no potencial dos meus sobrinhos:
Quando você crescer, se for inteligente, vai aprender por conta própria que:
- O melhor que podem te oferecer é respeito;
- O que há de mais valioso é tempo;
- O melhor sentimento é serenidade.

Posted by/Postado por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Note to myself / Lembrete a mim mesmo

Just because I am used and very willing to do sacrifices in my life, doesn't mean those who don't act the same way are wrong, spoiled, weak or not committed. They just weight things differently and don't have the same views of how to achieve their goals.

Não é só porque eu estou acostumado e disposto a fazer sacrifícios em minha vida, que aqueles que não fazem o mesmo estão errado, são mimados, fracos ou desengajados. Eles apenas valorizam as coisas diferentemente e não possuem os mesmos pontos de vista sobre como alcançar seus objetivos.




Posted by / Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 24 de setembro de 2016

The hatred bravery / A odiosa valentia

A person's bravery is the contrast that makes other people's cowardice way too blatant.

A valentia de uma pessoa é o contraste que faz a covardice de outros tão evidente.




Posted by / Postado por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Perception of work

Give a man a day to rest, and he will remain tired.
Give a man two to rest and he will rest and consider himself in command of his own life.
Give a man three to rest and he will never coming back to work again.



Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Questão de escolha?

- "Por que está tão feliz?" - ela perguntou ao rapaz que não conseguia encontrar emprego e estava tendo que apertar o orçamento de forma a viver no limiar da fome e nunca sair com os amigos.


- "Porque assim eu decidi estar!" - respondeu o rapaz com um sorriso como se não houvesse nada de desagradável acontecendo.




Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O mal da comparação

Permita-me contar um pouco da minha história.
Não lembro exatamente quando comecei a me desiludir do meu país, mas é certo que não começou depois dos meus 20 anos de idade, pois encontrei registros indicando alta insatisfação há 10 anos atrás.
O fato é que há muito tempo me era desgostoso e angustiante viver num país tão violento, perigoso, corrupto, de má prestação de serviços, onde a "malandragem" impera, onde a justiça não é uma figura muito vista, uma terra que admite algumas coisas absurdas (exemplos certamente não faltam, mas citarei apenas dois que muito me marcaram, apenas para ilustrar: quando eu era pequeno vi uma reportagem de um policial jogando um ladrão de pão para trás da viatura e o executando com um tiro na cabeça; o outro exemplo foi esses tempos que um sujeito foi pego em flagrante estuprando uma moça e foi solto por ser réu primário), onde o cidadão se sente eternamente com medo e atrás das grades, enquanto criminosos vivem na impunidade.
Se minha impressão do meu país está certa ou errada não convém discussão, pois é da minha experiência subjetiva que estou falando, e esta influencia a minha vida e decisões. Tendo isso em mente podemos continuar.
Acabei por virar expatriado, indo morar em Londres por pouco mais de um ano. Fiquei abismado com o quanto as coisas funcionam por lá, o quanto existe de respeito, retorno de impostos, segurança, possibilidade de gerar sustento suficiente com meu trabalho do mais baixo nível. Não me apaixonei por Londres como muitas pessoas que eu conheço clamam sentirem-se, mas foi o suficiente para eu não querer voltar à minha Patria Amada.
A oportunidade para tanto chegou logo: fui chamado para assumir um concurso que havia feito. Trabalharia na minha área, a menos de 1h da minha cidade (tempo que muita gente desperdiça para ir de sua moradia ao seu emprego tendo ambos na minha cidade, diga-se de passagem), ganhando suficientemente bem para meu estilo de vida, trabalhando míseras 20h semanais, numa cidade que eu achei muito carismática.
Decidi que não valia a pena, apesar das dificuldades (que não foram poucas!) que eu estava enfrentando na Inglaterra.
Não foi uma escolha fácil e por muito tempo me questionei se tomei a decisão certa. Ainda mais quando fui convocado para assumir outro concurso, quase tão bom quanto o primeiro.
O tempo passou e a situação que eu vivia piorou drasticamente, fazendo com que não fosse tão melhor negócio que meu país. Mas eu havia economizado algum dinheiro e achei que estava mais que na hora de ir atrás do meu ideal de conhecer outros países, culturas e situações, afim de tentar identificar um lugar que seria mais interessante para mim.
Morei por algum tempo em Praga, e confesso que não tentei o suficiente, mas vi a ida para a Itália como uma solução mais viável.
Agora estando na Itália vejo o quanto existem coisas neste país que me desagradam, com o agravante de não conseguir emprego de jeito nenhum (consegui algo que paga minimamente mais que o que gasto para dividir um quarto numa casa de seis pessoas).
Considerando meu desagrado com este país em que vivo, começo a achar que estar no Brasil, que atualmente, até onde fiquei sabendo, possui ainda mais problemas que à época em que o deixei, seria uma opção melhor que permanecer na situação em que me encontro.
Mas acabo pensando no quanto foi bom viver sem medo, no quanto a prestação de serviços é boa na Inglaterra, no quanto as coisas na Alemanha são eficientes, no quão barata é a vida na República Checa, Hungria e Sérvia, no quanto a Holanda, a Bélgica e a Hungria são países lindos, no quanto me senti acolhido na Romênia...
A comparação se faz presente novamente e o ciclo, que parecia haver se completado, acaba tornando inviável a ideia de retornar às minhas origens.
O mesmo mecanismo que me fez cogitar a volta, me faz decidir que é hora de seguir para uma nova "terra incognita".





Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Para Registro

Estes dias recebi um e-mail avisando que a capacidade de armazenamento do meu onedrive iria ser reduzida drasticamente em alguns meses. Como sei que minha memória jamais daria conta de lembrar de fazer a limpa mais próximo da data, me coloquei a resolver o problema na semana seguinte (afinal não consigo realizar nada sem procrastinar um pouco antes).
Durante o processo eu acabei baixando vários arquivos e confesso que foi uma experiência bem legal. Como aquela limpa que fazemos na casa e achamos cartas, fotos, brinquedos, notas fiscais, etc antigos, que nos trazem à tona memórias há tanto esquecidas, esta limpa virtual também me colocou em contato direto com o Ricardo de dez anos atrás.
Foi uma experiência interessante. Ver como era aquele meu cabelo enorme, as carinhas que meus amigos tinham, lembrar de festas que fomos, que organizei, lembrar de pessoas com quem eu falava, lembrar como era a aparência há dez anos atrás de pretendentes que acabaram virando amigas (ou não), lembrar o que eu escrevia, ver os sonhos que eu tinha, tanto acordado quanto dormindo...
Uma das coisas que encontrei foi uma nota minha expressão minha claustrofobia de viver na minha cidade, e meu desejo de sair a explorar o mundo. Engraçado, eu não lembrava que este desejo era tão antigo, apesar de minha mãe sempre me provar o contrário.
E foi graças a esta experiência que decidi que mesmo que o motivo real deste texto seja irrelevante, vou publicá-lo, pois tenho certeza que esquecerei de mais ou menos quando percebi o que percebo agora.
A questão é que nos últimos dois anos eu saí do meu país, morei um ano em Londres, uns meses na Itália, uns meses em Berlin, e visitei outros doze países. Isso pode não ser nada para os padrões Europeus. Não sei bem ainda. Mas para quem viveu 29 anos na mesma cidade, passar quase instantaneamente a trocar de lugar com tanta frequência, foi realmente uma mudança drástica. E uma mudança que noto que meu cérebro ainda não conseguiu se adaptar completamente.
Acredito que eu lembre da maioria das minhas experiências. Quer dizer, espero que eu lembre. Memória, nesse caso, é uma situação meio paradoxal. Como posso ter certeza se lembro de tudo quando o que eu esqueci simplesmente cai no ponto cego da minha contabilidade das experiências? É como na escola quando o professor pergunta "alguém tem alguma dúvida?" e ninguém ergue o braço, não por ter entendido tudo, mas logo pelo contrário, não saber nem o que deveria ter entendido para saber se entendeu ou não.
Continuando, tenho várias memórias das minhas experiências destes últimos dois anos, e tenho me dado conta de que algumas delas eu simplesmente não consigo posicionar no espaço e tempo. Problemas com localizar as memórias no tempo sempre tive. Demarcar certos eventos como "antes/depois de..." me ajudava a ter alguma estimativa de quando algo aconteceu. Mas com tanta diversidade de rostos, culturas, nacionalidades, com tanta gente nova que acabei conhecendo, com tantos lugares onde fui, com tanta situação inusitada, acabo não lembrando onde algo aconteceu. E não é "onde" no sentido "no bairro tal", nem mesmo "na cidade tal", mas sim "no país tal".
Uma das confusões é engraçada, se nos desvencilharmos do lado quase trágico desta minha demência...
Lembro que um dia um atendente me perguntou "tu sei italiano?". Eu lembrava que não havia sido na Itália, mas por algum motivo bizarro eu estava convencido de que este evento foi numa pizzaria na praia de Quintão. Não preciso nem dizer que as chances de ter sido neste lugar são semi nulas, né? Me pus a pensar e lembrei que foi num daqueles comércios 24h de Londres, perto de onde eu morava, e que se sucedeu pelo atendente ter visto na minha "carteira" a presença da Carta de Identidade Italiana, enquanto eu tentava encontrar moedas suficientes para pagar a minha compra.
De Quintão a Londres existe uma diferença um tanto... abismal.
Gostaria muito de entender como diabos meu cérebro cataloga as coisas de forma a conseguir gerar uma confusão dessas!





Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Os dois tipos de banho

Em certos momentos fico conflitado pelo desejo de tomar um banho gelado, e assim me livrar de tudo de negativo que se prendeu à minha pele, com finalidades de parasita, ou um banho quente, e me sentir acolhido e abraçado por completo.
O banho gelado acorda o guerreiro que não acredita em obstáculos, que acredita que pode a tudo vencer. Uma eletricidade passa a ser transpirada e não há tempo a perder.
O banho quente dá colo ao bebê que foi nocauteado pela vida e não consegue mais se erguer. Surge uma necessidade de conforto acolhedor de certas comidas e de dormir. É preciso recuar, se recolher, se isolar o tempo que for necessário para se recuperar.
Obviamente que prefiro os efeitos do primeiro tipo de banho, mas não costuma ser uma escolha.
O fato é que uma faceta depende da outra:
O guerreiro não pode lutar infindáveis batalhas sem descanso, ou correrá o risco de ficar irremediavelmente fadigado, exaurido de todas suas forças.
O bebê não pode recuar e descansar para sempre, ou nada será realizado ou conquistado na vida. Definhará por sua própria insignificância.
Engraçado como o corpo sabe do que precisa.
Mas algumas vezes, ao final de longos minutos de banho bem quente me sinto sufocado por tanto colo e pronto para enfrentar a realidade novamente, invertendo a água para uma ducha gelada.
Graças ao lado frágil o lado forte está pronto para lidar com novos desafios que a vida apresenta.




Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 9 de abril de 2016

Contingências

O quanto nossas avaliações das situações vividas são realistas?
Existem tantas variáveis, tantas coisas que poderiam ser diferentes, que um evento, acontecido numa outra das mil variáveis maneiras, passaria a ter uma significação completamente distinta.
Aquele emprego detestável seria uma salvação se viesse no momento em que suas economias estavam quase esgotadas e por meses você não obtinha sucesso na busca por qualquer ocupação que gerasse renda.
Aquele relacionamento morno e tedioso poderia ter sido a melhor experiência afetiva de sua vida caso ambos possuíssem tempo e dinheiro para atividades de lazer que ambos gostam, o que desencadearia em descobrir excitantes facetas da outra pessoa, propiciando conversas inspiradoras e compartilhamento de hobbies extremamente gratificantes.
Aquele reinado de boa fortuna, na qual todas pessoas achavam você interessante, e inúmeras portas se abriam, poderia nunca ter existido não fosse o bom humor e confiança inspirados pelo sucesso daquela idéia inovadora na qual você decidiu investir.
O nascimento de seu filho não planejado pode vir ser a única forma de motivação para estudar para um concurso público, ou demonstrar empenho e ser promovido no seu emprego.
Sua melhor amiga poderia não ocupar o posto que ocupa não fosse estar na hora e local certo quando você estava no dia mais triste da sua vida, precisando de um ombro (e ouvido!) amigo.
A situação define a interpretação da experiência.
Mais do que isso, a situação define como, quais, quantas experiências serão vividas. E seus possíveis resultados. E a interpretação destes resultados. E a reação que damos a estes resultados. Um ciclo sem fim!

Pensando no âmbito das possibilidades, não existe, salvo exceções, situação intrinsecamente boa ou ruim. É apenas tida como tal para aquele momento, naquelas condições, com aquela mentalidade, desejos e sonhos que você possuía na época.



Postado por Ricardo Ceratti.