quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O assassino da mente.

Todos nós já tivemos nossos momentos de preguiça. Para alguns de nós ela dura apenas breves momentos mas para outros ela é um fiél (indesejada na maioria das vezes) companheira.
Infelizmente meu caso é o segundo. E também não é daquele tipo de preguiça boa que dá quando estamos nos aconchegando na cama. É o tipo avassalador que consome o dia inteiro mesmo tendo coisas a serem feitas. Exemplo real e simples: No começo das férias eu fiz uma "to do list" , ou seja, uma listinha com coisas a fazer. O mais engraçado é que a maioria delas transcendeu a listinha das férias de inverno. "Férias de inverno são curtas demais para fazer as coisas!" Anmram. E a de verão? Há um pouco mais de uma semana eu percebi, abismado, que o fim das férias já estava aí. Juro que não vi passar. Se alguém me dissesse "Estamos nos aproximando de fevereiro" eu acreditaria sem questionar. Continuando, uma das coisas da listinha era postar aqui com freqüência mas sempre tinha a disculpa de não ter assunto ou pior, não ter tempo. É piada, só pode. Falta de tempo?? Eu? "Ah é que quando me decido a fazer algo já está tarde..." é a desculpinha de sempre. Pior que dar desculpinhas só mesmo o que eu faço: desculpinhas pra si mesmo. E então comecei a escrever no drunken, muitas vezes me forçando. Até que acabaram os assuntos. Oba! Desculpinha nova! O pior de tudo era que assuntos surgiam mas dava preguiça de anotar e depois eu esquecia. É não querer se ajudar né?
Acredito que com esse exemplo pessoal a idéia tenha sido entendida. A preguiça nos desmotiva para fazermos coisas que são úteis para nós, que nos ajudariam e até mesmo nos tirariam da preguiça. Já notou que quanto mais coisas (úteis de preferência) se faz, menos preguiça se sente (a não ser quando acabam as energias)? Pois é, a coisa funciona em ciclos viciosos. É como se a preguiça fosse aquela doença latente que espera nos distrairmos para atacar. Quanto mais preguiça sentimos, menos fazemos, quanto menos fazemos, mais preguiça dá.
A solução é simples, porém complexa. É tomar vergonha na cara, ir à luta, fazer coisas úteis, "botar trabalho nesse corpo" como dizem nossos pais. Quando começamos a fazer algo nos bate um rush, uma adrenalina que motiva a fazer mais coisas. Uma "pilha". Ver resultado do que se faz então é o melhor incentivo. "Simplinho non"? Nem pensar! É um problema de física que, apesar de eu não entender muito de física, tentarei explicar. Um corpo em repouso precisa um esforço muito grande para vencer o atrito, vencer a força estática para se colocar em movimento. Mas, depois de posto em movimento tudo fica mais fácil, só acelera.
Então o que realmente precisa? Juntar muita força de vontade para levantar a bunda da frente da TV ou do computador e empurrar o máximo que puder do seu peso estático.
Eu dei o primeiro passo para vencer o meu: Estava há dias enrolando para escrever aqui. Dei o segundo passo também: Me convenci de amanha ir fazer algumas coisas no intuito de riscar uns itens da minha listinha antes de segunda.
Espero que este texto ajude alguma entediada alma a se por em movimento.




Postado por Ricardo Ceratti

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A memória nas músicas.

Um textinho curto e light para descontrair.
Alguém sabe como as músicas podem guardar tanats lembranças?
Eu sinceramente fico abismado. Minha memória não é das melhores. Sempre achei que ela fosse simplesmente ruim mas há pouco percebi que não é o caso. Eu lembro de coisas antigas, inclusive detalhes irrisórios. Porém não lembro de muita coisa. Eu pelomenos acho estranho eu lembrar da roupa que uma pessoa usou três anos atrás e não lembrar da roupa que eu usei ontem.
Mas as músicas, nossa. Cada uma me lembra de uma coisa e lembra com extrema precisão. Não duvido que sejam minhas memórias mais vívidas. Seja uma coisa banal que eu fazia semana passada, o que eu comia ou que cheiro sentia quando ouvi pela primera vez determinada música há um mês atrás, qual joguinho no pc eu jogava ano passado, qual festa e com quais amigos eu estava há dois anos atrás, qual pessoa eu beijava há tantos anos que nem lembro mais, qual sentimento eu tinha numa época que nem me lembro de ter existido, etc.
Enfim, este texto é um mero desabafo da minha curiosidade. Quem souber de algo por favor me fale já que isto me intriga.




Postado por Ricardo Ceratti.

Lugar de cada um.

Algumas vezes pessoas importantes somem de nossas vida. Seja algum amigo próximo, uma pessoa que se namora, um parente que conversamos bastante, etc.
Obviamente tem vezes que é inevitável o afastamento. A pessoa pode morrer, estar passando dificuldades, um namoro pode acabar mal ou qualquer outro motivo. Mas no geral a coisa não é tão dramática assim. Algumas pessoas se afastam dos outros quando começam a namorar, outras encontram amigos mais atrativos e esquecem dos velhos, alguns é por se dedicarem excessivamente aos estudos ou ao trabalho.
O motivo não vem muito ao caso aqui. O fato é que no início sentimos uma falta tremenda daquela pessoa. Por vezes lutamos por uma aproximação inviável (seja lá por que) ou tentamos dar uma sobrevida. Geralmente não adianta muito e acabamos nos decepcionando. Bate aquele sentimento de desamparo, ainda mais quando é alguém que é (era?) muito importante para nós como um daqueles amigos "cú e cueca".
Com o tempo a saudade vai passando, deixando em seu lugar uma eventual melancolia, nostalgia. "Saudade daqueles tempos em que...". Entendem o que eu quero dizer, não?
E então o tempo passa e passa e novas pessoas vão entrando em nossas vidas, nossas rotinas vão se adaptando àquele vazio e, quando menos esperamos já não sentimos mais falta da pessoa sumida.
Tem algumas pessoas que não só somem como depois de muito tempo resolvem voltar. E alguns, tolos, quando voltam esperam que tudo seja igual, que sejamos os mesmos amigos de sempre, que tenham a mesma importancia em nossas vidas. Meio sem noção isso, abandonar uma pessoa e depois querer retomar o seu "lugar".
Mas o prêmio do dia vai pros reincidentes. Aquelas pessoas que sumiram tempo suficiente para a mandarmos longe, para não fazerem mais falta, voltam, conseguem retomar seu lugar antigo e inventam de sumir novamente. Pior do que isso só se o ciclo continuar.
Tem uma música (é música?) que diz "cuide bem do seu amor". Eu digo, cuide bem das suas pessoas próximas, valiosas (não precisa ser só amor). Cuide bem do seu amigo também é valido. Afinal, existe mais de seis bilhões de pessoas no mundo. Ninguém é tão especial assim. E ninguém é tão socialmente incapaz assim.
Lembre-se: mais de 6.000.000.000 (quanto zero hem!)




Postado por Ricardo Ceratti.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Desavenças em corrente.

É incrivel como a felicidade pode ser fugaz. Uma coisa aparentemente banal pode desencadear uma série de eventos desagradáveis que virão por por um fim na amizade.
Mais incrivel ainda é nossa constante habilidade de só percebê-la quando ela se vai.
No meu ver respeito e lealdade são fundamentais numa amizade, porém são fáceis de serem perdidos. Uma pessoa pode acabar por decidir algo que é melhor para si sem se importar muito com as repercussões para o amigo, este por sua vez pode deixar passar numa boa, pode entender os motivos do amigo, etc. Afinal, geralmente não causa lá muito dano e a amizade é mais importante. Amizades antigas então nem se fala, as pessoas criaram uma intimidade tão grande que elas se entendem facilmente neste tipo de situação.
Mas e quando a coisa começa a se repetir? Se o amigo pisa na bola e se explica ou então verifica com o outro se tem problema de determinada atitude, tudo bem. Totalmente compreensivel. E quando a coisa fica repetitiva e não existe uma demonstração de arrependimento, preocupação ou, e isso me parece o mais importante, empatia (aquela capacidade que, de forma simplificada, é saber se colocar no lugar do outro). É possível manter uma amizade destas? Vale a pena? Ou melhor, a amizade realmente existe?
Uma amizade assim pode durar por tempo indeterminado, ou seja, enquanto o outro lado aguentar estas atitudes, enquanto segurar a barra. Mas toda paciência tem limite. Por mais insignificante que uma pessoa possa vir a se sentir ela ainda possui alguma auto-estima e não tolerará ser tratada assim para sempre. Todo mundo tem seu "basta". E é então que a coisa pode tomar os mais variados caminhos.
O "amigo" pode se dar conta e investir na relação como deveria. Raramente ocorre e quando ocorre mais raramente ainda é durável.
O "amigo" pode se sentir a vítma da história. Nesses casos é aconselhável ter a mão muitos analgésicos!
Ou eles simplesmente vão se afastado aos poucos já que o "amigo" não faz questão de tentar resolver, enquanto o desiludido desistiu de tentar.
Triste não? Pode ser pior. Ah, sempre pode!
Pode acontecer o efeito de ação e reação. Faz uma "cagada", recebe uma de volta. Pode ser inicialmente como uma forma de punição para tentar ensinar. Mas logo vira, se já não era, apenas uma completa falta de respeito. E é isso que acontece mesmo, o respeito vai indo embora (muitas vezes em velocidade alarmante) vai dando lugar a pequenas retaliações, falta de consideração (inclusive estas de modo premeditado) e quando vê? Guerra.
Era ruim que a outra pessoa tenha que tentar compensar? Era ruim ter que ouvir o outro bancando a vítma? Era ruim ver a amizade se distanciando aos poucos? Tenha certeza de que a "amizade"-guerra é muito pior.
E ela tem uma coisa "maquiavélica" (no sentido que nos acostumamos a utilizar esta palavra) que consegue ser ainda pior! Este tipo de relacionamento de brinde arrasta outras pessoas para a guerra. Legal não? É...inda tem como piorar. As pessoas podem conviver tanto tempo neste tipo de relacionamento deturpado e arrastar tanta gente para este que acabam por se acostumar com ele. Acabam o tendo por normal, por certo. Acreditam que todo mundo é assim, que não existe outra forma. E isto não é de sacanagem da pessoa! Este tipo de coisa realmente acontece e não possui intencionalidade (na maioria das vezes claro). Já pensou? Conhece uma pessoa nova, é muito legal com a pessoa e tudo mais, mas logo já começa aquele inferno. Ninguém aguenta. Quem tem visão, foge. Quem não tem visão (seja pelo sentimento bom que nutre pela pessoa, pela insatisfação com outros relacionamentos ou qualquer outro motivo) entra no jogo, acaba se assemelhando.
E este comportamento se espalha para outros relacionamentos. (só essa expressão visual para explicar o sentimento) Óh meu Deus! A pessoa acaba sendo assim com a família, namorada(o), colegas. Todos relacionamentos em maior ou menor grau de intensidade.
Epidemia!!! Tem cura doutor? Tem sim. A cura é se afastar de relacionamentos doentios, conviver com gente sadia, pedir para que estas pessoas sadias lhe lembrem do que tu está fazendo ou apliquem alguma punição (pra facilitar né?) e especialmente, abrir bem o olho para fugir o mais rápido que puder de relacionamento com pessoas assim (eu sou da teoria que antes uma pessoa sadia do que a possibilidade de duas doentes).
Vamos torcer para que nunca esbarremos neste tipo de pessoa ou que nossos relacionamentos nunca se deteriorizem desta forma. Boa sorte para todos nós, certamente precisamos.



Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Razão de Emo.

Qual a razão que leva uma pessoa a se tornar emo? Existe utilidade?
Muito pensam que não passa de bixisse, querer aparecer ou falta do que fazer. Não discordo que sejam razões válidas mas, andei pensando e me indaguei se ser emo não seja uma forma de proteção, um mecanismo de defesa e sobrevivência.
Cada vez mais os seres humanos encontram-se afastados de outros seres humanos. Emocionalmente é claro, já que fisicamente as cidades nunca estiveram tão cheias. Solidão, carência, ansiedade por não saber com se portar ou interagir com outros, desamparo... estão entre os sofrimentos mais comuns da atualidade. E como essas coisas incomodam. A venda de anti-depressivos está nas alturas. Anti-ansiolítico (para ansiedade) não fica muito atrás, se é que fica atrás. Cada vez mais as pessoas sofrem com este afastamento de outras pessoas. Cada vez mais as pessoas se sentem impossibilitadas de saírem desta situação por não saber se portar, por não saber interagir, por acharem que serão ridículas se forem tentar se aproximar de outras pessoas.
Solução? FESTA! A solução é "eu sou de ninguém. eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". É, já vimos que isto não funciona né? Ficar com meia festa e voltar sozinho para casa não preenche aquele vazio.
Beber? Fumar? Remédios? Boa! Solucionar com vício! Muito inteligente que é tapar o buraco com uma peneira.
Então... INTERNET! Isso! A internet vai nos salvar a todos! Chats, orkut.... Pode até ser que em raros casos funcione mas eu vejo que no geral se cria apenas uma relação de uso que, justamente por ser superficial, não dura muito.
Qual a solução? Sinceramente não sei mas eu acredito que a resposta está nos idosos. Serinho. Pra eles não existe mais essa de inibição, "o que vão pensar de mim", ou fazer papel de ridículo. Eles fazem e ponto final. 1x0 pra terceira idade na minha opinião!
Voltando ao assunto. Como funcionam os emos neste caso? Pessoas se vestem de maneira semelhante e tem atitudes semelhantes (coisa que eu duvido que todos vistam e façam por realmente gostar) se unem. Ao se encontrar se abraçam, conversam, fazem coisas juntos. Muitas vezes mesmo sem se conhecer. Já viram os bandos imensos que formam? Eu duvido que todo se conheçam ali.
O que acontece então? Estas pessoas podem ter encontrado um jeito (não dos melhores na minha sincera opinião) de superar a timidez e ansiedade de se relacionar com estranhos, assim como um jeito (mesmo que paleativo) de aliviar a carência. Ora, se alguém se veste como emo e age como emo é aceito e bem vindo pelos emos... fica fácil não? Como eu disse antes, talvez nem todos sejam desejantes de ter tais comportamentos ou se vestir de determinada maneira, porém foi o melhor (ou único) jeito encontrado para satisfazer um pouco de suas necessidades afetivas apesar de suas dificuldades relacionais.
Não estou defendendo que estejam certo, apenas tentando entender a razão de se comportarem assim. Talvez emos sejam apenas um indício (o mais visivel possível) de que precisamos tomar alguma atitude contra este crescente individualismo. Ou talvez seja a primeira atitude de certa forma saudável de lidar com a situação, afinal de contas é melhor se juntar a um grupo cuja unica função seja se juntar do que acabar em casa deprimido ou acabar com sua própria vida.



Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Brasil: País sem identidade.

Esta esses dias pensando em nossa nacionalidade como brasileiros. Não sei bem o motivo de ter lembrado disto mas fiquei me indagando com quem podemos nos identificar.
Qual nossa identidade? uma vez quando eu era bem jovem, vi um vitral de portugueses. Falei uma coisa tipo "malditos, nos exploraram" ao que minha mãe retrucou que também nos fizeram coisas boas e que somos decendentes deles também. Naquele momento, naquele exato momento eu pensei milhões de coisas para buscar uma identidade e percebi que não havia.
Nosso país foi uma colônia portuguesa. Estes escravizaram e dizimaram o povo indígena nativo da região. Para construir o país usaram mão de obra escrava de negros africanos também. Italianos vieram para cá (em massa no caso do Rio Grande do Sul) e se difundiram rapidamente entre a população (quem aqui não tem italiano nas gerações passadas da família?). Japoneses fundaram colonias e nos trouxeram avanços, especialmente na agricultura. Temos até o povo alemão e holandês em nossas terras!
Então. Quem você é? Com quem você se identifica? É colonizador? Nativo? Escravo? Ou o melhor! "Sou Europeu". Tem sim! Ah, se tem!
Na realidade a mistura é tão grande por aqui que provavelmente sejamos um pouco de cada, salvo excessão de povos que não se misturam muito por aqui. Temos africanos, portugueses, índios, africanos, etc na família. E a distância das descendências é curta, que somado a um certo descontentamento com o país, o fato de não termos um nacionalismo forte e uma falta de grandes feitos, nos aproxima ainda mais do passado não "Brasileiro".
A segregação é tanta que aqui no sul, por exemplo, a maioria se considera primeiramente gaúcho e em segundo lugar brasileiro. Ora! Eu mesmo detestei escrever "você" antes! Como eu mesmo sempre digo "É TU!!!". Vamos ampliar? Cariocas ainda acham que são a capital. Paulistas se acham os maiorais, chamando gaúchos de gays. Gaúchos por sua vez chamam os catarinenses de burros ou covardes. E por aí vai.
Quanto aqui dariam a vida voluntariamente para lutar pelo país? Engraçado de ver países muito menores e com menos condições que o nosso que, quando invadidos, a população forma milícias, faz revoltas e o diabo. Vocês imaginaria o Brasil sendo tomado e alguém movendo um músculo contra? Especialmente depois que o exército caisse. Acho bem brabo. Muito provavelmente lutariam pela sua cidade, estado no máximo. Pelo país inteiro acho que ninguém faria realmente questão.
Não tem identificação! A culpa é dos estrangeiros? Dos índios que não lutaram o bastante? Dos africanos que não foram fortes o bastante para resistir à escravatura? Sim, um pouco sim. Mas a grande culpa é nossa. É de agora. Diga-me, no que há para sentir orgulho se votamos nos corruptos? E é corrupção descarada. Falta de vergonha na cara total! E o que acontece com os corruptos? Nada na real. Hummm... mas nossas ruas são seguras, não? Pior que não! E a situação é basicamente a mesma: O mesmo poder instituído que dá força para a polícia, tira das mãos do cidadão a capacidade de se defender e dá para o bandido a impunidade que ele precisa para reforçar seu comportamento. É muito raro aconetcer algo realmente útil com quem comente o crime. Um dia na cadeia? Grande coisa. E a polícia raramente presta o serviço de forma adequada. Geralmente eles mais tratam mal o cidadão do que pegam bandidos. Impedir crimes então é quase uma piada. E o cidadão? Se se defende a altura de seus algozes, ou seja, armado, ele se dá mal. Daonde tirou a arma? Tem porte? Que fazia andando armado? Foi legítima defesa? E tudo isso... por quê? Só pelo fato de ter endereço certo! Perseguir bandidos que tem endereço certo e não são poderosos é facil né? Mostrar trabalho.
Então, sentiremos orgulho de nossa saúde pública! É... também não rola. SUS é uma idéia realmente boa. Sério. Assistência médica gratuíta para toda população. Seria bom se existissem condições para prestar este tipo de serviço né? Quem tem algum dinheiro apela para planos de saúde.
Educação então! Pegadinha né? Educação para todos. Novamente a idéia é boa, porém fora da realidade. Escolas públicas possuem uma imensa taxa de evasão. E não só de alunos! Conheço gente que estudou em escolas públicas e muito presenciei a pessoa chegando em casa 30minutos após ter saído. Motivo? Professor não veio. Professor foi embora. Oi? De nada adianta educação para todos sem ter educadores né? Ou ainda sem ter motivação para aprender. Hoje em dia é preciso um nível de educação imenso para conseguir os cargos que menos exigem (Exceto para presidência. Neste caso não precisa nem completar o ensino fundamental eouhaouheouah). Voltamos ao assunto do crime. Se precisa Ensino Fundamental e Médio para ser lixeiro, vivendo com uma miséria de dinheiro, enquanto não precisa "perder" tempo algum para ser assaltante e o "salário" pode até ser melhor. E os riscos? Riscos para quem tem uma expectativa de vida razoável é algo que nem é cogitado, mas, e para quem as condições são péssimas? Isso abre outra situação infeliz do nosso país. Moradia? Empregos? Saneamento básico? É... pois é.
Então. Não temos uma propaganda nacionalista. Não temos muito do que nos orgulhar (prova disso é o vandalismo em estátuas e monumentos). Temos muito do que nos envergonhar. Temos muitas leis inúteis que mais atrapalham do que ajudam. Temos muita corrupção. Não temos lá muito horizonte para olhar. Somos um país novo e de uma mistura de etnia. É de se entender nossa falta de identidade. Nossa falta de vergonha na cara ao votar. Nossa falta de motivação ao sentar de braços cruzados ao ver corrupção ou qualquer outra coisa errada. Nossa preguiça de tomar as ruas demandando uma situação melhor. É de se entender a vontade de muitos de sair do Brasil, o discurso de outros tantos de que "sou europeu". Chegamos a uma situação em que lutar não parace mais valer a pena e sim cada um por si tentar se salvar. Infelizmente. MESMO!

Desabafo por Ricardo Ceratti

Reformas no DS

Mais de três meses se passaram e não temos postado por aqui. Apesar de estarmos de férias e muitas vezes sofrendo deste temível mal que eu tenho tenho horror, o tédio, nada foi escrito, nada foi postado.

Muita coisa também mudou nesses ultimos tantos meses. Algumas coisas mudaram de forma drástica, algumas de forma permanente, algumas foram inesperadas, etc.

Então decidi que era hora de reformular o Drunken para que ele voltasse a ter alguma atividade.

Postarei aqui meus pensamentos, não me importando mais tanto com a elaboração do texto ou conclusão das idéias. Ao invés disso farei apenas um "brainstorm" e ficarei grato se alguma viva alma que por acaso passe por aqui desejar participar.

Bom final de férias para todos.


Postado por Ricardo Ceratti