domingo, 26 de outubro de 2008

Flagrante.

Julgar os outros é um vicio da sociedade. Uma compulsão social.
Sempre fui contra este tipo de comportamento. Sempre fui daqueles que diz (sim, eu geralmente não guardo só para mim este tipo de opinião) "vai cuidar da TUA vida!".
Um dia desses acontece uma série de eventos que me chocou.
Estava eu parado perto da fila de uma casa noturna "alternativa". Sabe aquela "alternativêz" que as pessoas se acham superiores por verem filmes que mais ninguém se presta? Esses mesmos. Me acoquei para pegar uma latinha da minha sacola com latinhas de cerveja e gelo que eu chinelonamente carreguei da minha casa até ali. As pessoas da fila de imediato começaram a me fazer caras de nojo e desaprovação. Aparentemente é uma coisa terrível gastar 1,49R$ no latão de polar (para quem não sabe "polar" é uma marca de cerveja bem popular aqui no RS) ao invés de 5R$ na garrafa de polar. De imediato demonstrei o que eu pensava do preconceito das pessoas, lançando sobre elas um olhar sarcástico somado a uma bem esculpida "cara de bunda".
Até este momento nada fora do comum.
Pouco depois passa um desses tais "emos" com meia calça verde limão, shortinho, botas vermelhas... enfim, o kit completo.
De imediato o encarei e pensei "que serzinho ridículo".
Epa!
PÁÁÁÁÁRA!!!
Fui pego em flagrante cometendo um dos crimes que mais abomino: a Hipocrisia!
Fiquei chocado comigo mesmo. Não esperava um julgamento destes sobre uma pessoa que não tinha nada a ver com a minha vida, assim como fui julgado por aquelas pessoas da fila.
Pelo jeito ainda tenho muito que aprender e, principalmente, evoluir.
Se o sujeito tem a necessidade de chamar atenção, o problema é inteiramente dele. Ou deveria ser.
Pois é... "ado, a-ado..."



Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 25 de outubro de 2008

Pensamento Aleatório V.

A cidade.
A nece-cidade.



Postado por Ricardo Ceratti.

Poker de carne.

Relacionamentos são como um jogo de poker (ou pôquer?).
De nada adianta saber blefer e perceber o blefe alheio.
Também não há serventia de ter as melhores cartas nas mãos.
Se o jogador não souber as regras, se não souber os jogos possíveis e a hierarquia existente entre os mesmos.

Um dia entendo dessas coisas e, talvez, sendo BEM otimista acabo por finalmente entender o motivo que leva as pessoas jogarem constantemente em seus relacionamentos, ao invés de levá-los de forma clara. Com "cartas na mesa".



Postado por Ricardo Ceratti.

Conto.

Naquela festa tão alternativa.
De pessoas tão receptivas.
E ambiente tão propício.
As três moças rapidamente se posicionaram de forma defensiva.
Ao olhar para o chão vejo seus allstar's se posicionando num triângulo excludente.
Talvez a receptividade deva ser revista...



Postado por Ricardo Ceratti.

Procrastinação.

Ao meu ver existem algumas escalas de deixar as coisas para depois:
1) Existe aquelas pessoas que deixam, literalmente, para a última hora. Fazem as coisas um punhado de horas antes do prazo final.
2) Existe o pessoal do último dia. Estes, acredito eu, são os mais numerosos dos que sofrem do mal da procrastinação. São aquelas pessoas que passam a madrugada da véspera fazendo o que devem fazer e, graças a isso, acabam dormindo pouquíssimas horas, quando dormem.
3) Existe o primeiro nível de enfrentamento desta condição, os que fazem as coisas na véspera da véspera. Ou seja, o que é para quarta não é feito na madrugada de terça para quarta e sim na de segunda para terça. Este passo pode parecer pequeno mas é imenso.
Assim como nas reabilitações de drogas, cada dia de abstinência é importante. Assim, o viciado em deixar as coisas para o outro dia progride conseguindo terminar suas tarefas cada vez mais cedo, o que é muito difícil pelo fato de não gostar de fazer as coisas, mas é muito recompensador pois se livrar das obrigações é altamente aliviante.
Bom... esse textinho é só para marcar para mim mesmo este dia que dei mais um passo. Entrei hoje na escala 4: ou seja, terminei um afazer com três dias de antecedência, além de ter agilizado meu TCC com seis dias de antecedência.
Quem sabe eu ainda tenha conserto?



Postado por Ricardo Ceratti.

Apenas um comentário.

Este post é só um comentário que meu espanto me força a fazer. Nada demais.
Um bicho parecendo um forminha (grande) de asas (bem grandes), que eu não tenho idéia que bicho seja (não entendo nada disso...) entrou no meu quarto. Fui matá-lo com 1 "tenizada" mas decidi de última hora só atordoá-lo. Então eu atravessei a casa e o deixei no lado de fora do parapeito da área de serviço.
Umas duas horas depois o mesmo bicho (pelomenos da mesma espécie) entra novamente no meu quarto. Dou um tapa para o atordoar e repito o procedimento.
Agora há pouco entra pela terceira vez. Dessa vez nem precisei atordoá-lo, só peguei e levei para fora.
Achei absurdamente espantosa a perseverança do bicho (se for o mesmo, obviamente).
A tirar pela burrice de insistir no erro, eu gostaria de ter um pouquinho desta perseverança. Tentar uma primeira vez sem muita enrolação já me bastaria.



Postado por Ricardo Ceratti.

Desprendimento.

Aproveitando a deixa do outro texto, um pensamento:
Depois de um tempo aprendemos a não ligar mais para as coisas, não tendo mais ataques de ansiedade, não se indignando mais com o que está errado, não dando bola por estarem desperdiçando nosso tempo ou se incomodando menos com o respeito cada vez menor que nos é dado.
Um crescente embotamento vai tomando lugar, vamos deixando de nos importar, até o momento mágio em que tudo fica aceitavelmente bom e quase nada incomoda mais.
Que evolução explêndida esta não? Parar de se importar... quase como morrer estando vivo. Liga o automático e esquece de tudo.




Postado por Ricardo Ceratti.

Adultez.

Andei por um tempo observando, analisando e comparando as formas de pensar, as crenças das pessoas e das minhas.
Todo mundo está familiarizado com aquele papo de "adolescente é tudo rebelde sem causa".
Eu tenho observado que com o passar da idade as pessoas realmente vão ficando menos rebeldes, se "aquietando".
Mas será que as coisas que eram contra ficaram boas o suficiente? Será que se deram conta que aqueles seus ideais nem eram tão importantes assim ou que o que consideravam ruim talvez não fosse pra tanto?
Talvez a vida traga novos, mais e maiores problemas na vida da pessoa que faz com que a pessoa acabe por abrir mão de seus ideais e idéias. Tenha outras e maiores preocupações, não tenha mais tempo para tudo aquilo.
Ou talvez seja uma cobrança da sociedade. Algo como só ser respeitado se tu aceitar tal coisa.
Se ser adulto é ter deixado de lado suas reivindicações, suas lutas pelo que acha importante... então me considero adolescente ainda.
Eu percebo um caminho um tanto quanto imutável me levando para a rota da resignação, da acomodação. Como se cada dia que passasse eu estivesse mais distante daquilo que considero tão importante, como se minha personalidade estivesse aos poucos se perdendo, tornando-se um vazio. Bem melhor adaptado, mas ainda assim um vazio.
Numa certa ocasião pedi para uma grande amiga que não me deixasse esquecer o que era importante para mim. Ela achou isto infantil da minha parte. Até pouquíssimo tempo atrás eu não compreendia o que teria de infantil nisto. Hoje fui entender (ou não, já que é apenas uma das muitas teorias que eu penso e busco testar) o motivo: O que me falta para não só ela, mas muita gente, me ver como uma pessoa madura, um adulto é justamente a abolição destas guerras pessoais, é a não rendição para com a realidade, é o fato de eu não ter desistido ainda de lutar por um mundo melhor... ao menos melhor na minha concepção. Uma concepção que pode divergir da maioria e até posso vir a um dia percebê-la como errada, mas é a percepção que tenho agora, é no que acredito.
E desta percepção eu não desisto tão fácil...



Postado por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Pessimismo...

Ser parecido comigo é uma punição que eu não desajaria nem ao meu pior inimigo.



Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Resolução.

Não está tão perto do ano novo assim mas já fiz minha resolução. E nem pretendo esperar janeiro para a por em prática!
De agora em diante eu só vou lidar com gente surtada mediante pagamento e hora marcada.
Cansei.
Peço aos mais próximos que me ajudem com esta resolução, já que eu tenho uma certa compulsão a tentar ajudar ou arranjar solução.

Lutando por uma vida menos estressante!



Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Tempo Pessoal.

Existem momentos de nossas vida que simplesmente precisamos de um tempo.
Um tempo de tudo, não só de trabalho ou estudos.
Precisamos deixar de lado as cobranças, mesmo as internas.
Estamos muito acostumados com produtividade.
Sempre trabalhando, sempre produzindo, sempre em atividade.
Até nos nossos lazeres buscamos eficiência: Vai numa festa e se sente na obrigação de adorar aqulio tudo, de ficar até amanhecer, de "se arranjar" (mais de uma vez, para muitas pessoas), de dançar praticamente a noite inteira, entre outras obrigações. E que nem se ouse considerar acontecer algo diferente! O resultado será a sensação de que não aproveitou, um sentimento de vazio. Ah, convenhamos! Obvio que terá um sentimento de vazio! Se os objetivos traçados são fúteis ou provisórios, como que a conquista destes trará o tão buscado sentimento de elevação pessoal, que no fundo é o que buscam? Como se pode querer conhecer uma pessoa para ter um relacionamento sério legal, indo em uma festa que as pessoas não conseguem conversar, que se julgam pela roupa ou forma de dançar e se relacionam com mais intimidade do que realmente possuem (muitas vezes nem lembram o nome da pessoa da noite anterior)? Como podem esperar satisfazer suas necessidades de diversão, quando agem de forma pré-determinada e ritualizada, quando, no fundo, o que precisam é de expontaneidade e improviso, é daquela sensação de as coisas acontecerem naturalmente, sem manipulação ou serem forçadas? Como é possivel acreditar que dançar a noite inteira, sejam musicas boas ou ruins, que significam algo para a pessoa ou não, de ritmo embalante ou nem tanto, será capaz de trazer algo além de um corpo exausto? E ficar até não poder mais na festa então? Não existe fome? Necessidade de respirar algo que não fumaça de cigarros? Cansaço?
Nossos lazeres passam por um refinado crivo de validade. Precisamos da aprovação dos outros ("ai, credo! Não acredito que você vai ficar em casa num sábado à noite!") e da nossa para determinar se as coisas valem a pena (a nossa, no fundo é um reflexo da dos outros, sendo que nós fazemos parte deste "outros"). E, mesmo quando achamos valer a pena nos cobramos (se nos propormos a ler um bom livro, nos cobramos número de páginas).
Quem sabe não paramos por um momento? Um momento só nosso. Um momento "que se exploda o mundo", assim como "que se exploda meus pensamentos". Um momento para curtir, e nada mais. Não julgar ou estabelecer valores para o que se está fazendo.
Uma conversa despreocupada com uma pessoa especial, trabalhar em algum hobbie que nos relaxe, passar uma tarde inteira só deixando o cérebro viajar.
Talvez seja isso que está nos faltando nesta nossa correria e cobranças. Simplesmente, viver.




Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 4 de outubro de 2008

Palhaçada de Outubro.

Temos algumas leis relativas ao dia de eleições. De forma grosseira são:
- Obrigatoriedade de votar ou justificar por não ter votado.
- Não poder beber no dia de eleições.
- Não ter como prender alguém em dia de eleição.
E qual o objetivo de tudo isto?
Cada eleição que passa os candidatos pioram.
Cada vez mais ou voto é no "menos pior" ou então "para impedir um pior de se eleger".
Deprimente.
Nesta eleição para prefeito eu tenho motivos para NÃO votar em cada um dos candidatos.
Me é difícil de entender o motivo de eu ter que votar, ou ainda precisar fazer isto sóbrio...
Não precisa de grande consciência e sobriedade para perceber a grande palhaçada que é nossa política e se negar a votar. Mas votar mesmo assim (mesmo que nulo) para não cometer um "crime".
Acho que o maior crime nesta história é o de um país que, pela falta de seriedade, conseguiu tirar as esperanças do povo da possibilidade de um futuro melhor.

Azar os princípios que eu tinha. Nesta eu voto nulo.




Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Reflexão IX.

Um acanhado respeito muitas vezes é entendido como sinal de fraqueza.
Rapidamente o respeito é deixado de lado.



Postado por Ricardo Ceratti.