domingo, 31 de agosto de 2008

Reflexão III.

Ninguém é capaz de me causar tanto mal quanto eu mesmo.



Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 23 de agosto de 2008

Pára-choque do caminhão do Tio Ricardo XII.

Dar "desculpas esfarrapadas" é falta de sinceridade e um desrespeito com a inteligência alheia.



Postado por Ricardo Ceratti.

Paraíso.

E se existisse um "paraíso"?
Um lugar onde o cenário fosse dividido entre as maravilhas da natureza e as maravilhas da arquitetura.
Um lugar recheado de pessoas naturalmente lindas, inteligentes, simpáticas, etc...
Onde se possa comer os mais deliciosos pratos do mundo. E que estes fossem saudáveis.
Que o clima seja favorável a propiciar um belíssimo pôr-do-sol, a propiciar a saúde das pessoas.
Que exista uma harmonia entre homem e natureza, entre consumo e demanda, entre os animais.
Uma comunidade onde as pessoas sejam livres para fazerem o que bem desejarem e, ainda assim, uma não invada o espaço da outra, não prejudique a outra.
Uma comunidade não-competitiva, onde as pessoas produzem apenas o necessário, sem a intenção de acúmulo de bens por existir fartura.
Uma vida segura, pacífica, tranqüila...enfim, feliz.
Se este lugar existisse, se nele vivêssemos, será que o apreciaríamos? Ou será que apenas nos enjoaríamos de tanta perfeição?




Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vento.

O vento me acaricia o rosto.
Meus olhos se fecham.
Por alguns instantes é como se nada existisse.
Como se os problemas se esvaissem.
Todas as preocupações se tornassem tolisses.
Neste momento não importa quanto falta para terminar a faculdade, minha situação financeira ou amorosa, não ter meu veículo, não morar sozinho, não ter mais alguma amizade, algum amor, não importa nem se preciso fazer a barba ou me agasalhar melhor.
Não penso, só aproveito.
Mas não dura. Logo os pensamentos começam a inundar-me a mente mais uma vez.
Começo pensando em como eu gostaria de acampar. Viajar sem rumo. Subir o morro deserto que tem aqui perto.
Lembro o quanto não gosto dessa vida. Desse rumo de vida. Desse objetivo de vida. Gosto de viver, só não assim. Queria liberdade, natureza.
Penso nas grandes vantagens da "civilização". Tenho "troçentos" canais para assistir, computador agora com banda larga... Posso ir num cinema ou numa festa... Tenho uma segurança relativa, uma saúde relativa preservada por médicos e remédios...
É... ainda assim eu trocaria. Ainda assim gostaria mais da liberdade. Da natureza. Do vento em meu rosto.



Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Prólogo.

Gosto de tê-la em meu braços, na pontinha dos pés para beijar-me.



Postado por Ricardo Ceratti.

Derrota.

É engraçado (tragicomédia)...
Tanta coisa nessa vida que eu queria experimentar, conhecer, aprender, fazer, vivenciar que acabo percebendo que não terei tempo de experienciar tudo.
Com essa percepção vem um desanimo que me leva a não experimentar, conhecer, aprender, fazer ou vivenciar quase nada.
Eu voto por uma vida mais longa! E que as fases da vida sejam mais longas também!



Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Geração.

Somos a geração Não.
A geração que não sabe o que é.
Que não sabe o que quer.
Que não sabe de que sexo é.
Que não sabe que sexo quer.
Que tem objetivos.
Mas acima disso tem preguiça.
Que quer tudo.
Mas não faz nada.
Que muito critica, reclama.
Mas muito pouco age.
Que não se presta a pensar.
Ou enxergar qualquer coisa que não seja óbvia ou lhe jogada na cara.
Que acredita em milagres.
Que não sabe o valor do dinheiro.
Que é incapaz de perceber o quanto um produto subiu em poucos meses.
Que sofre de tédio ao mesmo tempo que se agarra a ócio.
Enfim, uma geração que se acomoda.
Que encontra conforto em trilhar uma trilha que não é sua.
Uma trilha criada por outros para determinar o caminho dessa geração sem sentido.
E que com ela não se identifica ou relaciona.
Mesmo assim a segue.
Só para não ter que pensar.




Postado por Ricardo Ceratti.

Manutenção.

Como é alta a manutenção do ser humano!
Todos os dias precisamos de um terço do dia de sono (aproximado e variável), umas três (ou mais) refeições por dia (balanceadas para suprir as necessidades), pelo menos dois litros de água e MUITO oxigênio respirado.
Pouca "autonomia", não? Eu duvido que, se fossemos uma máquina alguém se prestaria a construir.
Mas tem mais! Temos necessidade de pegar sol, nos exercitarmos, termos amigos, nos relacionarmos romanticamente, desenvolver nossa auto-estima, aprender coisas, subir na vida...
Do contrário pode nos faltar algo para funcionarmos apropriadamente. Máquina delicada essa. De humor sensível.
Para piorar a situação, complicamos a vida. Nos estabelecermos padrões de beleza, jogos psicológicos, burocracia... Sabotamos uns aos outros, competimos por competir, nos obrigamos a rituais sociais sem sentido.
Falando em rituais, alguns adquirem psicopatologias, como ter de realizar rituais pessoais, ou outras muito mais debilitadoras.
Também sofremos de doenças físicas, orgânicas. Estas não ficam em nada atrás das psicológicas em termos de atrapalhar a vida.
De uns tempos para cá nos tornamos altamente "humanitários". Gastamos grande parte do nosso tempo tentando salvar até os mais "perdidos". Não pense que isto não gasta o tempo de quem não tem esse ideal. Está nas leis. Leis que podam comportamentos. Que geram outros. Que criam novas leis. Que burocratizam a vida.
E assim se vai o tempo...
Ah, mas sobra um bom tempo ainda!
Sim, sobra! Gastamos ele trabalhando. Realizamos atividades produtivas para "contribuir com a sociedade" (e bota aspas nisso!) em troca de dinheiro para nos sustentarmos.
Dinheiro que cada vez vale menos. Motivo? Para trabalharmos cada vez mais, ora bolas! A moda é se matar trabalhando (ok, na Europa tem rolado uns pensamentos diferentes...) e, que absurdo a pessoa que não o fizer! Absurdo maior é ter tempo livre! Passar uma hora sem fazer nada? HERESIA!!
E o sustento? Ah, isso é genial! O sustento é para a manutenção. Sobra um pouco para gastarmos com o que gostamos, mas no geral é para manutenção. Seja manutenção da sobrevivência, comprando o que comer; manutenção do bem estar social, comprando roupas socialmente aceitáveis; manutenção afetiva romântica, gastando em presentes caros (e, muitas vezes desnecessários. O que leva alguém a pagar um belo dinheiro numa flor que dura menos de uma semana??); ou mesmo manutenção de auto-estima, comprando uma casa muito maior que se precisa, numa zona muito mais chique do que boa de se viver, ostentando um carro super potente num país onde 100kmh é o limite de velocidade.
Como eu disse, um tempinho sobra. Uma "graninha" sobra. Ambos não para todos, obviamente. Então usamos este tempo e dinheiro para nosso lazer. Com moderação (moderação somente no lazer, ok?) senão terá o risco de ser "infantil", "desocupado", "inútil".
Aaaah! Coisa boa que os cientistas cada vez mais encontram formas de fazermos as coisas mais rapidamente (para que perder tempo se alimentando direito ou dando uma boa duma dormida, não é?) e de prolongar esta tão agradável existencia!




Postado por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Motivação para a mudança.

Estava conversando com uma amiga e percebi como a motivação para a mudança funciona diferente de pessoa para pessoa.
Ela me contou que adquiriu um hábito de comer muito chocolate todos os dias e, conseqüentemente engordou (note que o valor de magreza é dela, apesar de eu concordar, não sendo uma regra). Mas isso não chegou a ser algo que a desmotivasse de seu comportamento ou motivasse a outros comportamentos. Bastou a companhia de uma pessoa mais gorda para que ela não se sentisse mal. Olhando para sua amiga, ela se valia do pensamento "não estou TÃO mal" e se mantinha estática.
Por outro lado eu citei um exemplo meu para ela. Eu sempre tive uma péssima postura e, por muito tempo não me incomodava com isto, não "percebia". Num determinado momento comecei a me incomodar com minha postura e a tentar melhorá-la, mas eu sempre acabava me esquecendo e voltando a ficar curvado. Naquele verão, na praia, cruzei incontáveis vezes por algumas pessoas com uma postura ainda pior que a minha. Cada vez que passava por estas pessoas eu pensava "te endireita senão vai ficar assim!" e isto me ajudou enormentemente a me "endireitar".
Acredito que cabe a cada um de nós perceber a vida de uma forma que incentive a mudança positiva, e não como incentivo ao conformismo.




Postado por Ricardo Ceratti.

domingo, 17 de agosto de 2008

Mulher.

Quero uma mulher que seja engraçada.
Compreensiva.
Inteligente.
De corpo esguio.
Seios que preencham a mão.
Rosto delicado.
Pernas finas.
Cabeça no lugar.
Parceria para as noitadas, para as loucuradas.
Interessada.
Sorridente e de sorriso encantador.
Que saiba ser boba.
Que saiba ser meiga.
Mas que também goste "da coisa".
Que goste de dormir abraçado.
De pegar um sol no frio, uma noite no calor.
Goste de sentir o vento no rosto.
Que seja brincalhona.
Mas saiba falar sério.
Que tenha conteúdo.
Que não tenha frescuras.
Que se anime a jogar um joguinho.
A fazer um esporte.
Caminhada.
Que não tenha grandes problemas. Traumas de infância, dramas familiares...
Que não tenha vícios.
E me ajude a me manter sem tê-los.
Que não seja "fazida".
Nem faça dramalhões.
A não ser que seja para brincar.
"Teatrar".
Que se mantenha no peso.
Mas que não deixe de comer coisas gostosas.
Que se arrume rápido.
Mas fique bonita.
E sem grandes produções.
Que entenda que a maior beleza feminina é quando acorda.
Ao meu lado.
Que seja cherosa.
Que não tenha hábitos nojentos.
Que seja sincera acima de tudo.
Que tenha a maior paciência do mundo.
Sem a qual seria incapaz de me aguentar.
Que saiba ser ambiciosa.
Sem pisar em cima dos outros.
Que saiba se defender.
Mesmo que nem sempre precise fazê-lo.
Que tenha a língua afiada.
E aprecie um pouco de humor negro na vida.
Que seja otimista.
Mesmo que não aparente.
Que não seja cheia de manias.
Que facilite as coisas.
Ao invés de burocratizá-las.
Que tenha um bom gosto musical.
E para séries.
Filmes.
Não precisa saber cozinhar.
Basta vontade de aprender.
Que cozinhe comigo.
Que não seja fanática por política, esportes, religião.
Sem fanatismo algum, por favor.
Que tenha tempo para mim.
E eu tenha tempo para ela.
E dinheiro para fazermos o que gostamos.
Que uma mulher destas se interesse por um cara como eu.
E que eu tenha capacidade de conquistá-la.
Maturidade para mantê-la ao meu lado.
Que meus ombros não cansassem.
Que minha paciência aumentasse.
Que tenhamos bons amigos.
Pessoas em que possamos confiar.
Companhia para sair.
Que nosso tempo juntos seja longo.
...
Enquanto não encontro tal mulher, para tal eu, sigo tentando me contentar com as meras mortais com quem cruzo nessa minha vidinha de mero mortal entediado e insatisfeito.




Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Opinião.

Meu amigo me perguntou se, na minha opinião a máquina do emburrecimento é intencional ou não.
Achei válido postar aqui minha resposta, mesmo não tendo pensado nela tanto quanto deveria.

Eu nao acredito que seja acidente.
Quanto mais tu embroma para terminar o curso, mais a faculdade ganha.
Quanto mais tu trata o aluno como retardado mais ele se acomoda.
Quanto mais acomodado ele estiver, menos ele vai achar ruim entrar (no currículo) uma cadeira inútil daqui e outra dali.
Menos ele vai contestar.
Mais vai aceitar pagar um pouco a mais... já está pagando por tanta coisa inútil mesmo...o que é uma a mais?
Se tu estiver pilhadão e tiver controle sobre o teu currículo, tu não aceitará coisas inúteis. (sim, não conjugo direito o "tu" quando falo informalmente)
Mas tu não tem controle do teu currículo.
Tu ainda é a crinaça que estuda o que os professores do colégio querem q tu estude.
Tu ainda vai aprender coisas que não te servem de nada só por ter sido decidido que assim que deve ser.
Tu não tem maturidade para decidir.
Ou por não decidir que tu não constrói maturidade para decidir?
Ah! Faz o curso mesmo! Faz as cadeiras inúteis mesmo!
Não aprende quase nada.
Usa o diploma para comprar uma vaga no mercado de trabalho.
Se acomoda num empreguinho medíocre.
E seja feliz! se puder...



E essa é minha opinião. Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Burocracia do pensar.

Nossa captação e difusão de conheciamento é algo tão burocratizado né?
Não quero entrar no mérito dos motivos de haver tal burocracia, apenas citá-la.
No colégio aquela imensa carga que, para a grande maioria, jamais terá utilidade. Mas também a aprendemos de forma lenta. Semanas repetindo a mesma matéria. Deve ser para adormecer os cérebros inteligentes para que emparelhem com os cérebros mais lentos.
Colégio, colégio. Até entendo aprender de tudo um pouco, só assim para descobrirmos o que gostamos. Até pelo fato de sermos jovens demais para sabermos o que é melhor. E quanto ao emparelhamento, bem, assim é mais fácil para os professores e a escola em si de lidar com os alunos (mesmo que isso custe uma parte da inteligência deles).
Então, terminamos nossa pena! "Agora tenho escolhas!" "Agora EU vou escolher o que é melhor para mim!" Então, iludidos que aprenderão uma infinidade de coisas e que ficarão mais bem posicionados no mercado de trabalho, legiões de adolescentes (uns mais, outros menos) entram na faculdade.
Longa vida ao ensino superior!
Uns cursam o que os pais querem, outros cursam o que dará mais "status", alguns abrem mão do que gostam pois "não tem futuro" e, realmente, uma minoria acaba cursando o que gosta, ou pensa gostar (mesmo que seja necessário pular amarelinha com os cursos para descobrir o que gosta).
Ú-tererê! Pilha total, ânsia por aprender. Rapidamente são colocados na "esteira da imbecilização". Não apenas se repete o movimento de aprendizagem "emburrecente" do colégio (repete mil vezes para os burros entenderem e os inteligentes desistirem) como também entope os alunos de conhecimentos inúteis, banais, desinteressantes e desmotivadores. Toda faculdade que entrei ou conheci alguém que cursava é a mesma história: "Os primeiros semestres são chatos, depois fica legal". Q bom né? Quanto a motivação está alta temos de aguentar coisas entediantes. Quando não estamos mais motivados que recebemos as glórias do saber.
Introdução.
1.
2.
3.
Religião.
Filosofia.
Sociologia.
Cadeira que o próprio professor diz "sei que isso não é da área de vocês. Esta cadeira é só para terem uma breve idéia". Sim, uma breve idéia de como perder tempo e dinheiro. Ah, sim! E motivação!
Então, muitos anos depois, você resolve analisar os benefícios do seu curso superior. "Isso aprendi sozinho" "Isso eu já sabia" "Isso um amigo me disse" "Isso entendi observando o funcionamento das coisas". Muito pouco é "Isso foi graças àquela cadeira que tive no semestre tal". Deprimente, não?
Chega a ser um conhecimento intuitivo. Claro, não acontece para TODOS. Algumas pessoas não são tão atentas ou desenvolvidas em um determinado aspecto que facilita a aprendizagem de um determinado assunto.
Também não é qualquer um que consegue ver o óbvio ou usar a lógica para resolver os problemas.
Chegamos no trabalho de conclusão! Burocracia maior não há! Normas da ABNT, regras para produção textual, necessidade de dizer o que os outros pensam, modelinho de orçamento (nem estou pedindo financiamento...), de cronograma (não é todo mundo que consegue fazer as coisas de forma organizada e planejada)... nem pense em errar na capa! Já pensou o pesadelo? Esquecer a folha de rosto? "Mas isso não é aquela folha em branco no início?" "É sim." "Qual a utilidade?". Haaaaam...
Passando por todos processos burocráticos com louvor lhe será permitido que pesquise, mas não seja muito inovador ou criativo. A moda é descobrir o que outros já descobriram... só que com outras palavras!
Isso parece demorado e inútil né? Ok, tem alguma utilidade, mas bem menos do que benefícios (ao menos em casos em que não se interfira na vida das pessoas).
Anos de pesquisa, de leitura do que outros autores pensam, de autorizações, de formatações e "tcharaaaaan"! Descobriu a causalidade de um traço de personalidade!
Um belo dia eu converso com um amigo. Ele nunca sequer considerou fazer psicologia. Talvez nem se considere um observador ou pensador do comportamento humano. Nunca ouviu falar em nenhum autor que estudou traços de personalidade. E, olha só, mal pensou e já concluiu a mesma coisa que o nosso pesquisador.
Que coisa, não? Será que meu amigo é um gênio ou será que estamos burocratizando demais?




Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Perdas

O problema das perdas está nos costumes. Criamos uma certa rotina, um automatismo levando em conta algo que não está mais lá.
Em nossas vidas atarefadas é fácil (ou nem tanto) esquecer do que perdemos mas, basta nos depararmos com uma situação comumente vivenciada com o "objeto" perdido, que a dor (re)surge, é lembrada.



Postado por Ricardo Ceratti.

Pensamento Aleatório II.

Afirmações incapazes de encontrar argumentos sustentadores, nada mais são que palavras vazias.



Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Nada além da verdade.

De NADA adianta criar leis e mais leis se quem as faz cumprir (de policial ao juíz) é fora da lei.



Postado por Ricardo Ceratti.

Mentiras...

Cada vez mais me espanto/enojo com a quantidade de mentiras que nos rodeiam.
Falo das mentiras para as massas. Mentiras de controle.
Dados, pesquisas, verdades... todos forjados com o objetivo da manutenção das nossas vidinhas. Para que aceitemos as coisas do jeito como estão, acreditando que estão melhorando quando, na verdade, cada dia pioram.
Mentiras políticas em ano de eleições.
Mentiras conformadoras, para não nos indignarmos com alguma situação.
Mentiras para aceitarmos uma nova lei absurda.
Mentiras para manejar o voto dos indecisos.
Mentiras para controlar o mercado, a bolsa de valores, a inflação.
Parando para analisar friamente veremos que vivemos uma mentira. Uma mentira enorme, interligada, massiva. Uma mentira que nos cria uma ilusão, um mundo ilusório.
O mais engraçado de tudo é que somos desejantes por crer nesta mentira. Nos dá segurança, mesmo que falsa. Uma idéia de estabilidade, de ordem. Falsas, obviamente.
Por falar em mentiras, elas dão poder para os mentirosos, já perceberam?
Há quem creia que o homem nunca pisou na lua, foi golpe de markerting norte-americano. O mesmo vale pra morte do Saddam.
Eu sinceramente não duvido que já existe a cura da AIDS, mas vai contra o interesse de controle populacional, "ordem" pública e de aumento progressivo das horas de trabalho.
Ha quem acredite que Hitler não morreu.
Difícil saber quais "verdades" duvidadas são plausíveis de crença ou são delírio em massa.
Delira-se ora de um lado, ora de outro.
Bom, resumindo, devo estar muito "mal relacionado" por não conhecer nenhum dos 77% de portoalegrenses a favor da lei seca e ter muito azar de topar em todos semáforos, todos os dias, com os 20% de portoalegrenses pobres, já que a classe média cresceu.




Postado por Ricardo Ceratti.

Pensamento Aleatório.

Em plena queda, rejeitado por tudo que o rodeava foi, finalmente, acolhido pelo chão.



Post aleatório de Ricardo Ceratti.

sábado, 2 de agosto de 2008

Acasalamento.

Muito nós, humanos, buscamos nos afastar dos animais, a nos considerar inteligentes demais para termos instinto, para estarmos na mesma categoria.
Realmente, comparado com os outros animais somos absurdamente inteligentes. Assim como somos absurdamente fracos, lentos, não temos presas, não voamos, não saltamos grandes distâncias, etc.
Toda essa inteligencia deveria facilitar nossa vida, especialmente nas coisas mais básicas, não?
Pois é, mas no quesito "acasalamento" ainda somos (a maioria) muito primitivos. Sabemos organizar nossos pensamentos, nos comunicar com precisão, negociar. Mas, para negociar este aspecto não. Não podemos chegar diretamente, "por as cartas na mesa". Temos que criar 1 estado de humor, fazer algumas coisas, falar algumas coisas, desenvolver estratégias, presentear, etc. Se formos analisar é igualzinho um pavão mostrando sua plumagem, um macaco presenteando com uma banana ou qualquer animal fazendo um jogo para se aproximar.
É como se (ou "É"?) a imensa maioria da população acasalasse desta forma e punisse quem fizesse diferente para que comece a se comportar da mesma forma.




Postado por Ricardo Ceratti.

Inclusão?

Hoje em dia a moda é inclusão, seja ela qual for.
Existe uma preocupação em abrir espaços igualitários para os diversos "tipos" de pessoas. Porém ninguém pensa nas conseqüências disto.
Uma pessoa modela seus pensamentos, valores, crenças, comportamento, de acordo com o ambiente em que se desenvolve. Essa modelagem serve para adaptá-la ao meio em que vive, para garantir sua sobrevivência ou para buscar status entre os membros do grupo ao qual pertence.
Porém cada grupo tem suas características, muitas vezes contraditórias às características de um outro grupo. A união de ambos pode gerar mal-estar ou até resultar em conflito (seja lá de qual categoria).
Não vamos incluir punks em grupos de skinheads, militantes de direita no PT ou PSTU, "maloqueiros" em faculdades ou eu em festas chiques.
Eu não saberia me portar. Me sentiria desconfortável, ridículo. Provavelmente eu faria coisa que acho normal e seria expulso por comportamento inapropriado. Quem mandou me deixarem entrar mesmo?
Agora se fosse feita uma inclusão: Todos meus amigos também podem ir. Provavelmente não nos sentiríamos desconfortáveis, faríamos as coisas no nosso jeito e não poderíamos ser expulsos, afinal, temos o direito de estar ali.
O que acontece com as pessoas que viviam naquele meio? Se sentiriam desconfortáveis com nosso comportamento. O jogo mudaria, eles se sentiriam mal e provavelmente saissem espontaneamente por não estarem mais gostando do ambiente, da festa.
O que aconteceu com essa "inclusão"? Quem não pertencia passou a pertencer, quem pertencia não quer mais pertencer. Incluindo uma classe "inferior", excluíram os habitantes atuais.
Toda inclusão é pensada assim, de baixo para cima. Ninguém pensa no contrário. Já pensou se os "grã fino" inventam de ir de maioria num baile funk? Estraga a festa também.
Eu sou contra a panelinha e sou contra existirem regras de comportamento. Acho que os espaços realmente devam ser abertos, mas não assim: "Abriu! Entrae cambada!". É muito fácil simplesmente abrir mas, e quanto à educação das pessoas? Não só educação do estilo "eu terminei o ensino tal", também saber que cada coisa tem sua hora e lugar. Se uma pessoa não é capaz de estar num ambiente sem criar conflito desnecessário com os outros, ela não deveria nem estar naquele ambiente.
Mais uma vez nosso país tenta diminuir as desigualdades de forma forçada, sem preparo e do jeito mais fácil. Deve ser tradição isso de não trabalhar com as coisas desde sua base, de fazer as coisas só para "inglês ver".
Agora, se me dão licença, vou juntar uns cabeludos para irmos num pagode. ¬¬




Postado por Ricardo Ceratti.