quarta-feira, 25 de março de 2009

Agradecimentos II.

Queria agradecer aos agricultores da discórdia.
Aquelas pessoinhas que dedicam suas vidas a atrapalhar a vida dos outros, a tentar sabotar a felicidade alheia, criar problemas, fazer fofocas, colocar minhocas em cabeças sãs... enfim, que se dedicam a plantar discórdia.
Pensam que não lhes custa nada tais atitudes. Pensam que ainda possuem muitas décadas de vida pela frente e que isso é tempo mais do que suficiente.
Aliás, é tempo DEMAIS, pois não sabem o que fazer com tanto tempo.
Pouco a pouco tomam atitudes invejosas, de minar a felicidade alheia para não se sentirem tão infelizes. "Não custa nada", pensam, pois o ócio se infiltra em suas vidas e se vêem incapazes de buscarem soluções positivas para o mesmo. Se vêem incapazes de buscar soluções que melhores suas vidas.
Pouco a pouco, o tempo passa.
Algum dia as cabeças amadurecem.
Ou não. Nem todas conseguem tal façanha.
As que conseguem, caem na tristeza de perceber o quanto de sua própria vida abriram mão. Quanto tempo que poderiam aproveitar, mas desperdiçaram na ilusão de imortalidade.
Algumas mudam suas vidas, compensam pelo desperdício. Estas conseguem alguma paz em seu leito final.
Outras acreditam que não há mais conserto, se dedicam a continuar naquele esforço do qual já se tornaram exímios.
De outro lado temos aqueles que chegam ao fim de seus dias sem ter conseguido perceber seu erro. Estas terão a recompensa em seu leito final! A recompensa de seu contador regressivo chegar a zero sem terem realizado nada de que realmente se orgulhem, sem terem SE realizado. A recompensa de viver até seus ultimos dias com aquele sofrimento, aquela angústia que não fazem idéia da causa. A angústia de terem dedicado suas vidas, não ao benefício próprio e daqueles que amam, e sim da destruição de todos que cruzam seu caminho. A angústia de não terem construído nada de positivo para si e, ainda assim, se questionarem "Por que me sinto assim? Sofro assim? Por que minha vida não foi boa comigo, para mim?".
Eu, sinceramente, sinto pena de tais pessoas.
Talvez estas pessoas realmente atinjam seus objetivos, alvejando a vida alheia, muitas vezes de forma irrecuperável.
No fundo me prendo à crença de que não são tão eficientes assim.
Quanto a mim, que disparem seus venenos.
Cada bala que me atinge é uma possibilidade de crescimento.
Cada bala é um convite a pensar, uma caricatura que me mostra o que não quero ser, o que não desejo para mim, do que me afastar.
Cada bala traz consigo uma conversa que melhora e blinda meus relacionamentos, pois, mentiras não ferem aqueles que não devem.
Resumindo, cada bala pode trazer um certo incômodo à minha vida, algum nível de desregulação na minha vida. Mas este período cessa rapidamente e, em seu lugar deixa apenas um reforçado alimento de caráter. No final das contas, todo efeito que encontra é o de fortalecer, a mim e aos meus relacionamentos.
Pois então... obrigado! Sintam-se à vontade para continuar a se matar aos poucos com seus venenos enquanto me fazem grande.




Postado por Ricardo Ceratti.

Agradecimentos.

O desdém e riso debochado do gado à minha pessoa não passa de sinais claros de que estou no caminho certo e me motiva a continuar fazendo o que faço.
Por isto, sou grato ao gado.




Postado por Ricardo Ceratti.

Tédio.

Não me permito ao tédio e peço que não se permitam também.
Por mais que ele me procura, por mais que me tente dia após dia, eu sempre invento alguma coisa para fazer.
Tédio é muito perigoso!
Ele mal se instala e já dá um jeito de trazer sua fiel companheira: A Preguiça.
Uma vez juntos, se instaura um ciclo difícil de escapar.
Um ciclo que acaba por corroer a vida aos poucos até não haver mais vida dentro de nossos corpos vazio.
Fujam do tédio com todas suas forças!




Postado por Ricardo Ceratti.

domingo, 22 de março de 2009

"Vida" Noturna.

Outro dia estava conversando com minha namorada a respeito dos horários que temos para fazer as coisas.
Já pararam para pensar que nem todas pessoas funcionam no mesmo horário e que é um tanto sem cabimento que o mundo inteiro funcione das 8h às 18h?
Claro, existem lojas de conveniência, mercados e farmácias 24h, hospitais, bombeiros, polícia, algumas linhas de ônibus, táxis, bares e danceterias...
Eu não consigo entender o motivo de não haver todas formas de trabalho, de produção, durante a noite assim como existe durante o dia.
Uma coisa é pensar neste assunto sob a ótica pré-luz elétrica onde realmente é complicado fazer qualquer coisa a noite.
Mas, uma vez que todos ambientes possam ser iluminados (e a maioria realmente o é), não existe motivo para não termos aula, bancos, julgamentos, restaurantes, terapias, etc. noturnos, na madruga, não é?
Certamente existem pessoas que iriam preferir trabalhar durante a noite e dormir durante o dia.
Qual seria o problema?
As atividades também poderiam ser distribuidas durante a noite.
As noites ficariam mais populosas, que faria com que os governos buscassem uma melhor iluminação pública e aumento da segurança noturna. Logo, a noite ficaria mais segura e não existiria tanto esse nosso "medo do escuro".
Certamente em alguma proporção reduziria o desemprego.
E, como minha interlocutora mesmo falou, reduziria o tráfego diurno. Assim como reduziria o tempo perdido nos trajetos, a dificuldade de encontrar lugar onde estacionar, a poluição, enfim, não somente o engarrafamento de veículos mas, também, o engarrafamento de pessoas.
A mim parece ótimo! As pessoas que não gostam de fazer as coisas durante o dia ou não gostam do calor, poderiam ficar em suas casas relaxando ou dormindo, sem que isso atrapalhasse suas vidas, sem atrapalhar a vida dos "diurnos" e, de brinde, as vantagens acima citadas.
Qual o problema então?
Certamente encontramos o desafio do primeiro passo. É realmente complicado começar a criar empregos para uma hora do dia onde nos sentimos tão inseguro. Precisaria de uma iluminação urbana e policiamento melhores. Porém, uma vez tendo começado o processo, iria se tornar algo natural, afinal de contas, o nicho estaria bem desenvolvido.
E por que não começar? Não dar o primeiro passo?
Talvez o problema esteja mais enraizado do que simplesmente a migração laboral para outra parte do dia.
Por incrível que possa parecer (ao menos para mim foi incrível ter percebido isso) ainda existe muita gente que pensa que quem dorme a manhã inteira o faz por ser vagabundo. Existe esse preconceito, essa tradição do pensar que faz com que as pessoas sequer considerem que o outro pode preferir trabalhar à noite por render mais neste horário. Rapidamente utilizam seu modo de viver e seus esquemas mentais cristalizados para julgar quem é diferente, quem se comporta diferente, de forma negativa.
É... talvez o problema esteja mais longe do que se imagina, uma vez que iluminar as ruas e aumentar o policiamente noturno é ridiculamente fácil ao se comparar com a dificuldade que seria modificar o modo retardado de avaliação cega e não-pensada que as pessoas costumam fazer.




Postado por Ricardo Ceratti.

Internet.

Outro dia fui xingado por passar tempo demais no computador.
A pessoa em questão o fez para se defender quando eu falei que não era muito de assistir televisão e achava uma coisa basicamente inútil.
Compreendo até certo ponto a necessidade reflexa das pessoas em defenderem aquelas coisas que consideram "suas": Seus hobbies, empregos, relacionamentos, etc.
De qualquer forma, fiquei com a crítica na cabeça, pensando sobre ela.
Realmente, para uma porção de gente (talvez, para a maioria das pessoas), o computador serve apenas para ver orkut, falar bobagem no MSN, ouvir música, jogar joguinhos, ver as bobagens que os amigos mandam ou, sua maior utilização atual, para putaria.
Não quero ser hipócrita, eu também faço essas coisas, ao menos a maioria. O fato é que não faço somente tais coisas, quando as faço geralmente estou fazendo outras coisas ao mesmo tempo e, certamente não gasto a maior parte do meu tempo nas mesmas.
Prefiro passar meu tempo postando aqui, procurando imagens para desenhar ou mesmo desenhando, lendo sobre coisas que me interessam (não, certamente NÃO é sobre novela, BBB ou lost) e são construtivas na minha vida, fazendo trabalhos para a faculdade ou para o estágio, pesquisando coisas que me serão úteis ou que fazem parte de algum dos meus "projetos paralelos", elaborando e discutindo idéias, aprendendo sobre ideais diferentes dos meus, conhecendo autores ou buscando livros, avaliando oportunidades de investimento, etc. Enfim, eu busco utilizar o computador também em funções que promovam meu desenvolvimento e qualidade de vida e não somente com futilidades.
E é justamente isso que me chama a atenção. A internet tem um potencial quase infinito de construção de conhecimento. É, provavelmente, a ferramenta mais útil que possuimos hoje em dia. Mesmo assim a imensa porcentagem de sua utilização é para bobagem.
O desperdicio do potencial da rede é tão gigantesco que as pessoas conseguem arrumar brigas pelo orkut, fofocar pelo MSN, pesquisar somente futilidade e, o que me chocou lendo a revista "super interessnte" esses dias: Existem sites de relacionamento para pessoas que querem trair.
Mas vamos utilizar esse ócio para alguma coisa construtiva nessa vidinha banal, poooor favor!!!
Não consigo não me impressionar com a capacidade humana de criar funções inúteis e/ou destrutivas para todas coisas inventadas.




Postador por Ricardo Ceratti.

Reflexão XX.

As vezes é difícil distingüir a linha entre "sofrer por antecipação" e "planejar para que algo não dê errado".




Postado por Ricardo Ceratti.

Oração ao Deus Televisão.

Ó, Deus Televisão,
Ensinai-nos como devemos nos portar, tratar nossos semelhantes, levar nossas vidas, a termos rotinas e como as mesmas devem ser.
Dizei-nos com que eventos devemos nos importar, nos preocupar, ocupar nossas mentes pensando e nossas bocas discutindo com nossos semelhantes.
Mostrai-nos o que almejar, com o que sonhar e pelo que batalhar.
Que tais sonhos sejam irrealistas, para que nos tornemos eternos descontentes.
Que, em nossa condição de eternos descontentes, busquemos a vós para encontrarmos distração, para vivermos tais sonhos nas vidas de personagens fictícios e, por meia hora que seja, meia hora com seus intervalos comerciais, nos sintamos completos e realizados.
Dizei-nos do que precisamos, o que comprar. Apontai-nos as coisas que realmente importam, que nos trarão nosso tão almejado status que precisamos para nos sentirmos superiores aos nossos semelhantes. Necessidade que nos é mais vital do que o ar que respiramos.
Ora, dizei-nos do que precisamos para sobreviver! Mostrai-nos como é impossível viver sem algo que até então não existia. E que seja de uma forma que sequer questionemos como as pessoas viviam com esta abstinência.
Ditraia-nos quando chegamos em casa de nossos longos dias de trabalho tão necessário para sustentarmos o estilo de vida que nos ensinaste a viver.
Que a distração seja grande o suficiente para que não precisemos pensar em nossas vidas, para que não nos questionemos.
Estamos em eterna dívida por nos poupar do fardo que é ter de pensar e tomar decisões por conta própria.
Somos agradecidos pelo nosso tão iluminado objetivo de vida, que é obedecer vossas ordens, fazer vossa vontade.
Que nossas vidas sejam longas e cegas, vivendo sempre na felicidade e conforto de obedecer vossa doutrina!

Amém.





Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Tempestade.

É do conhecimento popular o dito "a calmaria que antecede a tempestade".
Mas acabamos não nos dando conta que o inverso também ocorre.
Muitas vezes as tempestades destróem tudo em seu caminho. Mas, muitas vezes elas servem como seleção natural, destruindo o que está fraco, o que não está certo, bom.
A tempestade pode ser desestruturante enquanto ocorre e até algum tempo depois, mas ela tem uma certa tendência a colocar as coisas em seu devido lugar. Acredito que seja uma força organizadora.
Vendo por este lado, de destruidora do que está errado ou fraco e organizadora, eu não vejo motivo para temê-la. Pelo contrário, a anseio.
Obviamente que não existe vida se uma tempestade vier seguida da outra constantemente. As coisas precisam de tempo para se assentarem, se estabilizarem. A poeira precisa baixar.
Depois que baixa é hora de reconstruir e desfrutar antes que a próxima tempestade faça novamente sua seleção natural.




Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Dúvida cruel III.

Será que a motivação para ser psicólogo não vem do desejo de se distrair de seus próprios problemas ao lidar com os problemas alheios?




Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 14 de março de 2009

Mundo de Pernas pro Ar.

Nunca entendi direito esse mundo, sempre achei essas pessoas todas meio piradas.
Mas hoje me surpreendi.
Na realidade venho me surpreendendo há tempos.
Uma vez estava na redenção com um pessoal de preto, daqueles de pinta de mau. Nisso passou um senhor de uns 50 anos com sua namorada... fumando maconha.
Uma das moças que estava no nosso grupo comentou que o mundo anda de pernas pro ar, já que o pessoal "do preto" nem bebendo estava, enquanto "tiozinhos" passavam se chapando.
Realmente, não parecia muito do que era costume de mundo.
Hoje eu estava com minha namorada. Apenas conversando e trocando alguns beijos. Na volta para casa passo na frente de uma grande igreja, quase um ponto de referência da cidade. Na parte de baixo desta igreja existe um espaço, se eu não me engano é onde ocorrem reuniões de AA. Pois bem, paro na sinaleira e escuto um funk repetindo "dança da bundinha". Fiquei chocado, tive aquela sensação de "surtei". Olhei várias vezes para me certificar de que eu estava na frente de uma igreja e estava escutando aquilo mesmo. Sim, estava.
Como pode o mundo estar tão de pernas pro ar?
Um mundo onde rockeiros saem careta.
Um mundo onde pessoas adultas usam drogas em público.
Um mundo onde cabeludos são selecionados para estagiar no Foro Central. (sorte)
Um mundo onde casais apaixonados se comportam.
Um mundo onde os certinhos da faculdade de psicologia surtam, assim como psicólogos formados.
Um mundo onde alguém aponta uma arma para cobrar uma dívida de uma estatal (se entendi bem).
Enfim... um mundo onde igrejas realizam festas tendo como foco músicas das quais as letras promovem a promiscuidade e a banalização do sexo.
Realmente não entendo MESMO esses "humanos"...




Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Voz.

Chegará o dia em que colocarei tuas palavras em minha boca?
Expressarei o que temes em dizer?
Darei voz pros teus sentimentos?
Ecoarei teu pensamento?
Minha voz servirá para fortificar a tua?
Serei eu teu porta-voz?
Aquele que te proíbe que desistas?
Gostaria de saber se um dia serei tão forte quanto gostaria.
Tão forte quanto tu precisas.
Ou... não precisas?
Gostaria que jamais venhas a precisar de mim.
Que tua voz seja um trovão, impossível de não ser escutado.
Um trovão ao lado da minha voz.
Juntos, na esperança de sermos ouvidos.




Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 7 de março de 2009

Dúvida cruel II.

O que será menos difícil?
Mudar o mundo,
Ou mudar DE mundo?



Postado por Ricardo Ceratti.

Pensamento Aleatório X.

Ser "forte" ou "fraco" é tão relativo quanto tentar definir que ser um deles é algo "bom" ou "ruim".



Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Apenas relatando um fato.

Doenças, animais selvagens, catástrofes climáticas, etc. podem te ferir, te fazer sofrer e até te matar.
Mas nada te fará mais mal do que teu semelhante.



Postado por Ricardo Ceratti.

A Infame Existência.

Há muito tempo cheguei a uma conclusão, percebi uma coisa.
Há pouco tempo uma outra coisa ficou clara para mim. Um complemento da primeira, que tem tudo para ser óbvio e, ainda assim, levei tantos anos para me dar conta.
Por fim, pensei por algum tempo a respeito de tornar minhas descobertas e pensamentos públicos ou não.
Analisei meu dilema e decidi que este texto nasceria e veria o mundo. E o mundo poderia vir a vê-lo, se assim o desejar.
Tenho consciência que a maioria daqueles que ler este texto me considerará arrogante. Talvez até o mais arrogante dos seres.
Tenham, por favor, em mente que este fato foi pesado durante minha reflexão e, por fim, concluí que é um risco que estou disposto a correr.
Este provavelmente é um ponto de onde não poderei retornar, e estou de acordo com isto.
Aliás, agora que decidi começar confesso que estou até ansioso por cruzar a linha.
Para começar, preciso confessar abertamente uma coisa que geralmente só meus amigos mais próximos me ouvem confessando:
Me acho superior aos outros.
Não a todas pessoas do mundo, obviamente.
Apenas a sua quase-totalidade.
Essa "gente", esse "povo" do qual é formado o grosso dos seres humanos de "nosso" planeta é o motivo da minha incomodação.
Estas pessoas desprovidas de senso crítico.
Que fazem o que mandam, sejam comandadas diretamente ("faça tal coisa") ou indiretamente ("você deve entrar na faculdade depois do colégio", aliás abro um breve elogio ao autor da frase "pra queM serve teu conhecimento?").
Pessoas que jamais questionam nada. Não questionam sua vida, suas escolhas, suas leis, seus políticos, suas ações, etc.
Pessoas que aceitam tudo da forma que lhes chega.
Que engolem qualquer coisa que lhes dizem para engolir.
Sem jamais questionar.
Apesar de achar um tanto ofensivo para as formigas, digo que nossa "humanidade" não passa de um formigueiro.
Estas "formigas" nascem sob uma dada condição e a aceitam como única. Jamais se perguntam se existe alguma opção, uma alternativa.
Seguem suas vidinhas sem refletir por um momento sequer.
Fazem suas escolhas. Aliás, "escolhas", pois de escolher não há nada. No fundo suas opções já se encontram em tal nível de pré-definição que, as próprias opções servem como forma de empurrá-los para seguir no caminho esperado, no curral.
E é isso que fazem ao longo de suas vidinhas banais. Seguem pelo curral, sempre em frente. Jamais olham para o lado o suficiente pois o curral é construído de uma maneira que pareça grande para o pobre gado. Que o gado consiga se convencer de que é livre.
Estas pessoas acabam por sentir 1 vazio em suas vidas.
Mas não se preocupe!!! Elas JAMAIS perceberão a causa! Estão razoavelmente seguras em seu razoavelmente confortável curral que razoavelmente as supre em suas necessidades.
Elas buscam alternativas para o vazio. Coisas que já comentei a respeito em outros textos:
As crianças brincam até ficarem exaustas.
Os jovens acham que encontrarão a cura para o vazio em várias bocas ou corpos em uma festa.
Os não tão jovens acreditarão que a cura para o vazio está no amor, em encontrar a pessoa certa.
Outros acham que são aS pessoaS certas.
Alguns se dedicarão com afinco aos estudos, buscando um emprego melhor em que não trabalhem muito, em algo que não detestam tanto e que ganhem bem.
Outros se fundamentalizarão para a religião. DEUS SALVA! Passarão a vida rezando, pregando, fomentando ou se alistando a guerras santas.
Há aqueles que acreditam que a cura para o vazio seja o crescimento material mais rápido possível. Roubarão e trapacearão tantos quantos forem necessários para alcançarem seus obejtivos com o mínimo de esforço ou tempo perdidos.
Não podemos esquecer aquelas pessoas que acreditam que a cura do vazio está na fama.
Temos, também, os dedicados as causas nobres. Aqueles que acreditam que se não comerem carna salvarão o mundo ou que fazer trabalho voluntário em alguma ONG seja o que lhe falta.
Também existem aqueles que parecem estar no caminho certo. Aqueles que questionam, que buscam mudar as coisas, que querem abrir os olhos das pessoas, etc. O maior problema deste grupo é a densidade de pessoas que, no fundo, só estejam buscando algum tipo de fama ou algum ganho próprio. Ou seja, no fundo este grupo é formado por pessoas de outros grupos, porém disfarçadas.
Temos os artistas, sejam músicos, pintores, escultores ou escritores, que, para mim, é uma arte. Trata-se de um grupo dividido. Há aqueles que só querem criar uma música, um quadro, uma escultura, um poema ou livro. Sem grandes ambições ou, talvez, com ambição como o grupo anterior: fama e lucro. E há aqueles que querem mudar o mundo. Também, no geral somente outros grupos disfarçados. Os poucos que realmente querem mudar o mundo rapidamente mudarão de objetivo e acharão tão mais atraente fama e fortuna.
Nossos políticos então? Nem preciso comentar, certo? Ainda mais em se tratando de Brasil, uma nação onde todos sabem que os políticos roubam e mesmo assim escolhem alguns deles ou algum partido para defender. O argumento? Não poderia ser mais deprimente: "Fulano rouba menos que beltrano, por isso eu votarei nele e por isso que tu deve fazer o mesmo!". O mais interessante deste caso é ver o conformismo, um dos motivos da minha reclamação e uma das característica "dessa gente" que nomeia a si próprios de "humanidade".
De uma maneira geral acredito que já tenha me feito entender como são esses "humanos". Já devo ter exemplificado o suficiente para entenderem como são pessoas de visão estreita, mesquinhas, trapaceiras ou, no mínimo, que enganam a si próprios.
Nenhuma destas pessoas preencherá seu "vazio", pois nenhuma de suas ações diz respeito ao "buraco". Apenas encontram formas de esquecerem dele. Encontram distrações que acreditam piamente que irão satisfazer suas necessidades.
Há ainda aquele tipo de pessoas que cansou de buscar peneiras. Este tipo de pessoa se especializa em tornar a vida dos outros mais miserável ainda. Eles criam valores, se convencem de que estão certos. Passam suas vidas a julgar os outros. A tentar, de alguma forma ou de outra, sufocar a busca por "felicidade" do máximo possível de pessoas. De uma forma simplificada e resumida, tentam ser mais felizes por associação, por deixar os outros mais infelizes. E se convencem que é muito justificável e de que realmente os faz felizes.
Já falei que esses "humanos" são mesquinhas?
São invejosos também! Não podem ver nada nos outros ou dos outros que já querem para si. Os invejosos saudáveis buscam para si por acharem que aquela outra pessoa encontrou a solução para o "vazio". Já os destrutivos vão tentar acabar com a tal da "felicidade" alheia, que não passa de uma dose de sua droga pessoal para ignorar a realidade e acreditar que é feliz.
Estes "humanos" conseguem destruir qualquer coisa que tocam. Destróem a natureza, o próximo, o não-tão-próximo, o que tem e o que não tem.
Criam rótulos e divisões para si próprios, numa tentativa desesperada de encontrar identidade. Aliás, esta "identidade" é mais uma das tentativas do bom e velho preenchimento de "vazio".
Com essas divisões eles rapidamente buscam inimigos. Alguém de outra "tribo", de outra religião, de outro time, de outra nação, de outra opção sexual, de outra cor, de outros gostos, etc.
Não é de se admirar nem um pouco essa busca enlouquecida por inimigos. Enquanto estão em guerra, se beneficiam do mesmo "barato" (drogas, aliás, é outra forma de fugir do tal do "buraco") daqueles que estão pisando nos outros, pregando sua religião, transando com várias pessoas, estudando para uma vida melhor ou qualquer outra forma de fuga. Estas guerras servem muito bem de distrações. Os coloca num estado de frenezi onde recebem aquelas vendas de cavalo e não precisam mais se preocupar com nada que não esteja a frente. Realmente eficáz. Mas eventualmente conseguirão a tão esperada vitória decisiva. E agora? Não aconteceu o que esperavam que aconteceria, certo? Não preencheu, certo? Tudo mudou mas, no fundo, nada realmente mudou.
Estes "humanos" precisam de arsenal para derrotarem seus inimigos. Logo estão colocando seus cientistas para que descubram alguma forma mais eficaz de vencer. Uma tremenda pena, uma vez que, apesar de falhos, cegos e desnorteados, os tais humanos são capazes de criar tantas coisas úteis e que os beneficiem tanto. Coisas estas, porém, que não passam de tentativas (fracassadas) de resolver o que acreditam ser seus problemas. Coisas que, por mais úteis que sejam, irão demandar a criação de novas coisas, uma vez percebendo que as anteriores não foram suficientes para lhes preencher o "vazio".
Mas... se as criações não ajudam, o que ajudará?
Animais!
Animais só pode ser a solução!
Então eles se apegam aos seus cachorros ou outros animais. O cachorro é o escolhido na imensa maioria dos casos por se tratar de um animal que jamais será rude com o "dono", sempre estará alegre, disposto a festejar a presença de seu "dono", sempre muito amigável, não importando o quanto seja tratado mal, o quanto o "dono" lhe descarregue suas frustrações (logo compensadas por inverter a posição e se tornar pertence do animal, lhe fazendo todas vontades).
Excelente solução, não sabem lidar uns com os outros. Muito menos sabem refletir sobre sua própria vida. O jeito é ter um "bichinho" para ser seu capacho, seu companheiro, seu ouvinte, seu melhor e fiel amigo.
Preciso continuar mostrando como estes "humanos" são ridículos?
Roubam, matam, mentem, manipulam, estupram, sequestram, julgam, corrompem, pisam, usam, traem, destróem, sujam... UFA!
Alguns não fazem alguns destes itens, outros não fazem outros. Mas todos fazem algum.
Mas exsite um item que praticamente TODOS fazem.
Filhos.
Praticamente todos eles se consideram importantes demais para partirem deste mundo sem deixar seu legado, sua continuação. Mesmo sabendo que o mundo já está "lotado". Mesmo que aconteça o milagre de ter um breve vislumbrar do lixo em que vivem e com o lixo que convivem/são.
Depois eu sou o arrogante.
Quase todos acreditam que isso se trata de um direito que possuem, que não é nada além do "justo" (esta palavra ultimamente tem me dado vontade de rir ironicamente) que se enganem que suas vidinhas medíocres ganharam um significado maior. Ou ainda, que suas vidinhas insignificantes E finitas agora podem continuar em outra pessoa (mentalidade pela qual muitos pais querem mandar na vida de seus filhos, escolhendo curso que farão, profissão que trabalharão, pessoas com quem se relacionarão, etc.).
Deprimente.
Espero que tenham entendido até aqui.
Entendido o motivo de esta "humanidade" me enojar tanto. De eu os considerar tão podres, vazios, inúteis...vermes.
Talvez percebam o motivo de eu me considerar superior, pelo mero fato de eu parar para pensar, questionar, ver a idiotisse que é isso tudo. Me considerar superior justamente por me ENOJAR com isso tudo.
Mas, assim como estas pessoas, eu busco algo no qual eu acredito que fará meu estômago parar de se contorcer.
As pessoas mais próximas de mim sabem qual é este meu objetivo, que não é tão inalcançável.
Eu deposito todas minhas (poucas) esperanças de que, alcançando este objetivo as coisas serão melhores, serão aceitáveis.
No fundo sei que não é o que acontecerá.
Sei bem que encontrarei felicidade por encontrar uma existência mais evoluída.
Assim como sei que a mesma felicidade cessará em pouquíssimo tempo e perceberei que melhorou, mas no fundo continua a mesma coisa.
Já prevendo a decepção, me coloquei um segundo objetivo, esse bem menos realista.
Objetivo que, a princípio solucionaria os problemas. Porém que duvido que seria "permitido" que fosse alcançado. Lembram-se da tal da inveja e daquela coisa de não permitir que os outros tentem ser felizes para se sentir feliz? Pois então.
De qualquer forme meus objetivos não importam aqui.
O que importa é a coisa que eu percebi há pouco tempo, conforme disse na segunda linha deste texto.
Há pouco me dei conta de uma obviedade e tenham a certeza de que me sinto ridículo por não tê-la percebido antes.
Talvez eu me ceguei até então por medo de lidar com a realidade. Talvez era minha forma de ignorar o problema real. Talvez essa fosse a MINHA droga: alguma ignorância.
Percebi que, por mais que eu odeie os "humanos", eu sou um deles.
Sou um ser de carne e osso como todas essas pessoas insignificantes.
Vou viver minha vidinha cercado por essas pessoas, da mesma forma que essas pessoas vivem suas vidinhas cercadas de outras pessoINHAS.
Vou ficar cada vez mais fraco, mais cansado, mais insano talvez. Por fim, morrerei. Exatamente como esse "povo".
Me alimento, durmo, respiro e realizo outras necessidades essencialmente da mesma forma que aqueles tantos a quem tanto desprezam o fazem.
Sou um deles.
Sou mais um.
No fundo sou o que odeio.
Agora, alguém pode me explicar como alguém vive com isso?
Como pode um ser viver com o pior destino que gostaria de ter para si. Não só isso, como um destino que SABE que JAMAIS poderá mudar.
COMO? Como pode alguém viver sendo seu objeto de desprezo sem poder fazer nada para "resolver" isso?
Sinceramente me parece a coisa mais deprimente do mundo.
Sei que muitos dirão "tu não sabe o que é deprimente" ou "tu não sabe o que é ruim". Talvez alguns "tu não passa de um cara mimado que só sabe reclamar".
Pode ser verdade. Mesmo! Mas, para mim, esta parece ser a pior sina.
Pode não ser a que mais atrapalha no cotidiano, mas quem disse que eu desejo um cotidiano funcional?
Pode não ser a que mais dói, a que mais castra, a que mais entristece, a que mais debilita ou a mais fatal.
Ainda assim a vejo como a pior, uma vez que é meu presente BEM COMO meu destino. Uma vez que não é algo que possa ser modificado, consertado. Não é algo que possa se jogar dinheiro em cima, que possa ser resolvido com uma prótese, com comida, com terapia, com bons amigos, com um amor, com um bom emprego. Ei! Não é algo que possa ser resolvido nem com a morte!
É um eterno companheiro. Um péssimo companheiro, na minha opinião. Um companheiro maldito do qual, por mais que se tente, jamais nos desfaremos. Um companheiro eterno, uma sina, uma maldição.
É assim que me sinto agora, um ser maldito.
Talvez agora as coisas comecem a fazer sentido.
Talvez esse seja o motivo de eu SEMPRE ser um forasteiro onde quer que vá ou tente fazer parte.
Talvez seja por isso que meu sorriso quase nunca seja sincero, apesar de eu enganar bem.
Talvez seja por isso que sinto tanto peso. Um peso que jamais consigo tirar de mim.
Talvez seja isso...
Talvez a maldição de não ser um deles, ao mesmo tempo em que SOU um deles, seja a real causa desta vida parecer tão absurdamente retardada.
O único conforto que me resta é saber que não estou sozinho neste mundo. É saber que existem outros "não-humanos" como eu, que também não fazem parte, que também percebem como tudo é falso e desprovido de propósito válido.
E, talvez, esses outros também estejam perdidos. Talvez também não entendam o motivo de sua angústia. Ou pode ser que hajam aqueles que já perceberam tudo isso que percebi e muito mais.
A conclusão que cheguei é que meu objetivo talvez não seja aquele primeiro que mencionei. Aquele tão dentro da realidade.
Talvez meu real objetivo seja acabar com essa maldita disáspora que se aflige sobre os membros da mesma "espécie" que eu. Talvez seja reunir o máximo possível de nossa gente.
Talvez...
Talvez... talvez seja mais um paleativo que busco na esperança de mudar o que sei ser imutável. Talvez seja a minha droga. A minha forma de me focar em algo para perder meu tempo o suficiente para não olhar para a dor.
Espero que não seja o caso, apesar de duvidar da minha esperança.




Postado por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Citação.

"You can fool all the people some of the time, and some of the people all the time, but you cannot fool all the people all the time."
Traduzindo:
"Você pode enganar todas pessoas por algum tempo, e enganar alguma pessoas o tempo inteiro, mas não consegue enganar todas pessoas o tempo inteiro."

Abraham Lincoln

domingo, 1 de março de 2009

Pára-choque do caminhão do Tio Ricardo XIV.

Aquele que deixa de ser justo perde o direito de ter razão.



Postado por Ricardo Ceratti.