sábado, 26 de setembro de 2009

Convívio

Condomínio.
Tarde da noite,
Ou cedo da manhã.
Não se escuta a chuva,
E sim o funk dos vizinhos.
Nada como aglomeramento humano.




Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ser resolvido.

Pessoas que não são bem resolvidas geralmente compartilham um hábito: Descontar a raiva e as frustrações naqueles que não podem se defender apropriadamente.
Estas pessoas não são capazes de resolver seus "incômodos" diretamente com a fonte causadora do mesmo. E isto pode acontecer por vários motivos, que pode variar da covardia até a própria incapacidade de se defender.
Uma vez que se cala quando se deve falar, se torna passivo num momento em que deve lutar, se imobilizado quando deve agir, se encolhe quando deve estufar o peito, se retira quando deve fincar pé, se cria, dentro de si, uma ferida. Não se trata de qualquer ferida, e sim, da mais dolorida delas: Uma ferida no ego!
Esta ferida vai se tornando em um ódio que vai cegando a pessoa e, cada vez mais, vai gerando na pessoa um desejo de vingança, de desferir o "golpe" que tanto queria dar.
Até que chega o momento da explosão. Da explosão covarde. Covarde, pois, não podendo lutar com a fonte, de igual para igual, se encontra uma boa forma de catarse no descarrego sobre os indefesos.
E é aí que os novos personagens entram em cena.
Crianças, animais de estimação, estagiários...
O importante é atacar em alguém mais fraco ou alguém que esteja preso por algum vínculo que o impeça de reagir.
Vejo por aí patrões que torturam estagiários.
Maridos que chegam frustrados em casa e batem na mulher.
Mulheres descontentes com a própria vida que batem nos filhos.
Crianças aliviando a angústia batendo em seus cães.
E... ei! Virou um ciclo isto ou é impressão minha?
Enquanto a "bomba" não cai no colo de alguém que saiba se impor e se resolver, a coisa parece seguir, se alastrando feito epidemia.
E não passar adiante, não descontar no outro não é questão louvável, e sim o mínimo esperado de qualquer pessoa que se diga civilizada, de qualquer um que se considere por "gente".
É hora de parar para refletir com quem se está realmente brabo. Com suas vítimas, ou consigo mesmo?
Afinal, é culpa do cachorro que você pisou na merda?
É culpa da criança que você não aceita a própria idade?
É culpa do seu estagiário que você gostaria de receber mais?
Ou qualquer outro tipo de relação neste sentido.
É importante levar em conta outro porém. Este tipo perverso de satisfação da agressividade acaba fazendo mal também para aquele que descarrega. É como tentar se satisfazer tomando refrigerante quando se quer tomar um suco natural, ouvindo uma música calma quando se deseja ouvir uma baladinha, ir para a praia quando se quer ir para a serra, etc. Disfarça, mas não resolve.
No final das contas uma coisa muito esquecida me parece ser a mais relevante:
Vergonha na cara não é de graça, mas vale muito mais do que se paga!




Postado por Ricardo Ceratti.

Terapia.

Antes de ontem estava acompanhando minha supervisora no atendimento a uma aluna quando tentei explicar da maneira mais palpável possível o que era uma terapia, seus altos e baixos:

Imagine uma caixa de um quebra-cabeça. As peças, de certa forma, estão organizadas dentro da caixa, porém não formam figura alguma.
Quando começou tua terapia tu espalhaste todas peças numa mesa. A mesa ficou tapada pelas peças, ficou bagunçada.
De início pareceu que tu não terias como dar conta, parecia trabalho demais, bagunçado demais.
Aos poucos foste juntando as peças, colocando uma do lado da outra, posicionando as que tu sabias onde iam, encaixando as mais fáceis.
Uma por uma, todas iam sendo encaixadas para formar a figura.
Ao final, todas estavam organizadas, formando um lindo quadro. Um quadro de quem tu és. Formando a tua imagem.
É isso que é a terapia. Pode gerar sofrimento por olhar para todas aquelas peças espalhadas, mas vai te ajudando a colocar cada coisa no seu devido lugar.




Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Reflexão XXVII.

Eu disfarço tão bem
Que até a mim mesmo enganei.



Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reflexão XXVI.

O maior e menos valorizado tesouro que existe nesta vida é o silêncio.



Postado por Ricardo Ceratti.

domingo, 6 de setembro de 2009

Reflexão XXV.

Palavras são falhas.
São castrantes.
Não contemplam a infinidade de sentimentos que desejam ser expressados.



Postado por Ricardo Ceratti.

Reflexão XXIV.

Dias ruins possuem um inconfundível jeito de começar...



Postado por Ricardo Ceratti.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Conceitos.

Quem diria que seria possível ser mais autêntico com alguém do que sozinho?
Que tal autenticidade fosse tão benéfica. Tão libertadora.
Uma pessoa que, “meramente” por existir e estar ao teu lado já te faça tão bem, já te beneficie desta imensa liberdade de ser. Ser a si mesmo. Ser quem já se é, mas não sabia, até então, sê-lo.
Uma pessoa com quem simplesmente estar junto já baste, já satisfaça, dispensando uma conversa interessante, uma festa divertida, fazer algo legal,, etc.
Como pode, ao entender de alguém, acabar entendendo a si mais que qualquer reflexão introspectiva havia possibilitado?
Conhecer tanto de si próprio no tentar descobrir a outra pessoa.
Como pode existir um desejo tão sedento por expansão quanto o desejo de saber mais e mais daquela pessoa?
Ser tão feliz e completo ao se dar conta de que é incompleto sozinho e que há, ainda, muita felicidade a ser buscada e alcançada.
Ter muitos objetivos que motivam a alcançar objetivos.
Enfim, uma pessoa que nos faz repensar todos nossos conceitos. Se aquilo era amor, se aquilo era felicidade, se aquilo era motivação, se aquilo era sabedoria, se aquilo era crescimento, se aquilo era desejo, se aquilo era eu, então, o que é isto que é tão maior e mais intenso??




Postado por Ricardo Ceratti.

Pensamento Aleatório XI.

As mesmas idéias batidas
Propagadas por mentes nada criativas
Por tantos são
Repetidas à exaustão.



Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Envelhecendo.

Me entristece que muitos anos de nossa juventude, anos de energia, disposição, auge físico, agilidade intelectual, enfim, anos de possibilidades quase infinitas a serem aproveitadas, sejam gastos em solucionarmos nossos problemas, em nos resolvermos, em lidarmos com nossos traumas e com os conflitos do nosso mundinho ideal (iRReal?) com o mundo real.
Tanta coisa melhor pra aproveitar. Tanta coisa que depois não terá como aproveitar. Tanta coisa que vai ficar tão difícil depois.
Tanto tempo... em busca da tal 'maturidade'.
Mas nem tudo são lástimas! Vale a pena, vale MUITO a pena!
Agora, o que me deprime profundamente é ver pessoas que já passaram da juventude, já passaram até um bocado, e ainda assim continuam a viver numa confusão pré-adolescente, continuam a não se aceitar (aceRtar?), continuam perdidas.
Tirar o peso de um lado da balança para por no outro, tudo bem. Tirar e não repor é cruel.

É... acho que está batendo um certo medo de envelhecer. Crise do quarto de idade?




Postado por Ricardo Ceratti.

Reflexão XXIII.

Por um lado saber psicologia é parte da solução.
Por outro lado é parte do problema.



Postado por Ricardo Ceratti.