segunda-feira, 18 de junho de 2007

O consumidor é inteligente?

Muitas pessoas costumam gastar grandes quantias em dinheiro com roupas, acessórios, aparelhos eletrônicos e etc. O consumo faz parte das últimas etapas do processo produtivo precedido pelas etapas de fabricação, armazenagem, embalagem, distribuição e comercialização.

O comportamento do consumidor é determinado por uma série de variáveis. Este comportamento é fundado pelos processos mentais e emocionais realizados no processo de seleção de produtos e/ou serviços que buscam atender e saciar desejos e necessidades do indivíduo.

Na sociedade capitalista o perfil do consumidor é altamente influenciado pelo status projetado sobre determinado produto ou serviço. Nos dias atuais a imagem e popularidade são dois dos indicativos de sucesso e bem-estar de uma pessoa. Quanto mais a pessoa tiver amigos em sites de relacionamento, maior for a lista telefônica do celular -de último modelo- e quanto maior o número de acessórios caros e supérfluos, a imagem deste indivíduo diante da sociedade vai ser bem-sucedida e bem quista.
Este fato se deve –em grande parte- por influência da cultura americana consumista. Ou seja: quanto maior for o poder de consumo maior é a sua popularidade entre os membros do meio em que se vive. De certa forma, uma grande fragilidade das mentes humanas em quererem gastar grandes quantias para ser melhor visto.

Estudos realizados por psicólogos, publicitários e economistas, reafirmam que o comportamento de adquirir um produto está ligado diretamente as necessidades e desejos do consumidor. A fragilidade se mostra através da falta de êxito com a própria personalidade da pessoa. Tenta-se projetar o sucesso e boa imagem em produtos, já que, não se pode ser “auto-sustentável” através do que é, simplesmente. Tem-se que atribuir status a si mesmo através de gastos que nem sempre estão ao alcance ou que desprenderão de muita energia psíquica e física pra ser alcançada.

Um belo exemplo são os produtos falsificados de marcas cujos valores monetários não são acessíveis as classes com menor poder aquisitivo. Esse fato se deve a necessidade de querer ter o produto que não se pode ter, mesmo que, tendo que comprar um “genérico” mal feito –muitas vezes- pra poder chegar perto daquilo que se almeja.



Quem nunca ouviu falar dessa frase: “o som é mais caro que o carro do cara”? Já que não posso ter um carro caro, eu compro um som potente pra poder chamar atenção, já que, tem muitos carros caros que não têm um som potente.









Rappers com seu estilo pimp exaltam o poder aquisitivo em seus clipes contendo carros de luxo, muitas mulheres –leia-se putas-, correntes de ouro mais grossas que o próprio... ãm... digamos... é isso mesmo. Já que nunca tive nada, agora mostro pra todo mundo que eu tenho e estou esbanjando. A briga entre estes rappers só mostra a gana em querer ser mais popular que o outro.



Gastos feitos são inteligentes se forem analisadas as proporções entre os produtos de mesma natureza, se o produto é realmente necessário pra saciar alguma necessidade e se o produto tem qualidade suficiente e proporcional ao custo.

Resumindo: a ignorância e falta de confiança em si mesmo –sem ter adquirido produtos caros- é diretamente proporcional a quantidade de dinheiro gasto com produtos e acessórios.



Por Ivan Pielke –doutor em psicologia do consumidor e sexologia-

segunda-feira, 11 de junho de 2007

As dificuldades na organização grupal.

Estava conversando com dois amigos meus e reparamos no funcionamento dos grupos de amizades. Como é do meu objeto de pesquisa resolvi pensar à respeito e escrever mais um artigo aqui, espero que gostem.
Observei que os indivíduos que compõe o grupo parecem fugir a todo custo da responsabilidade de tomar alguma decisão. Mesmo que a decisão seja algo do interesse de cada indivíduo do grupo. Se as pessoas querem sair para fazer alguma festa, por exemplo, ninguém decide onde ir e todos tentam passar a responsabilidade da escolha para o próximo. Quando, finalmente, alguém toma a liderança! Propõe algum lugar e de imediato as pessoas respondem à esta liderança emergente. Alguns concordam de imediato sem sequer analisar prós e contras, outros pelo contrário, se opõe vigorosamente, e alguma parte do grupo se abstêm a qualquer forma de tomada de decisões (dizendo os tradicionais "pra mim tanto faz").
E eis que surge o grande impecilho, pois é neste momento que o andamento poderá ser variado.
Um grupo no qual todos concordam pode gerar uma felicidade por terem decidido os planos da noite, mas assim que o primeiro problema surge as reclamações e culpa recaem sobre o lider recém-formado. É culpa do líder os gastos feitos, o tempo que perderam para chegar, se a festa não estava tão boa, se as músicas não agradaram, se os objetivos da noite não foram cumprido, etc. Ou seja, mesmo ninguém tendo proposto algo melhor, mesmo que alguns fatores, como a música e o preço, sejam de responsabilidade de terceiros, mesmo que possa até mesmo ser culpa de cada indivíduo (por exemplo se o objetivo da noite era arranjar para 'ficar' e, este não buscou com dedicação que isto se sucedesse), ainda assim, a culpa é toda do líder.
Um grupo que a maioria se opõe ao líder pode acabar rapidamente se debandando, devido à dificuldade em chegarem a um consenso. Este caso pode ser o mais complicado para um líder, pois ele deve ao mesmo tempo criar sugestões, manter a atenção das pessoas, convencer e ser rápido ao realizar todas estas tarefas.
Talvez o grupo mais fácil de lidar seja o grupo dos sem decisões. Este tipo de grupo aceita quase qualquer sugestão e tem uma tendência muito menor a encontrar problemas ou culpabilizar o líder por estes. Este grupo conta ou com uma grande disposição que algo (sem importar muito com o 'quê') seja feito, ou com alguma vantagem no grupo em si (em geral é relacionada ao líder esta 'exploração').
Como podemos observar, a posição de líder grupal é altamente frustrante (mesmo tendo seus raros momentos de glória quando, por exemplo, as pessoas se encantam pelo luagr novo apresentado pelo líder), me levando a concluir que talvez este seja o motivo pelo qual o grupo no geral foge desta posição. Porém logo que ocorre um evento de liderança funcional (exceto aquele na qual o grupo debanda), o grupo passa a depender do líder em outras ocasiões e, muitas vezes, este líder nem se dá conta de que as responsabilidades sempre lhe recaem.
Logo acreditei ter chegado a uma brilhante conclusão: ninguém sendo líder. Impossível. Talvez entre duas ou três pessoas seja possível, já em grupos maiores isso não me pareceu realista. Ou uma nova liderança surge, ou o grupo se rompe em pequenos grupos 'manejáveis' ou este grupo simplesmente fica aguardando o retorno do líder ou o surgimento de um novo líder.
Com esta observação pude confirmar a existência de alguns conceitos de Bion sobre os grupos de pressupostos básicos.
Vemos um grupo no estado de dependência, isto é, um grupo que depende de um líder que tome as decisões e resolva os problemas. Segundo Bion para este grupo "existe um objeto externo cuja função é fornecer segurança para o organismo imaturo".
Por sua vez, o segundo tipo de grupo (no qual exsite oposição à figura do líder) encontra-se em luta-fuga, na qual o grupo encontra um inimigo comum ou simplesmente 'foge'. Neste caso o grupo se volta contra o próprio líder (não sendo líder neste caso, e sim fazendo então o papel de bode expiatório, aquele contra o qual devem lutar).
Por fim, na falta de um líder, pode ocorrer um fenômeno de acasalamento, no qual o grupo fica aguardando uma pessoa ou idéia, com uma espernça messiânica de que este salvará o grupo.
Como, então, pensando à luz das teorias de Bion, podemos chegar no chamado 'grupo de trabalho', o qual o grupo se dedica a um objetivo em comum, que tem como função o bem do grupo (e não o bem individual em detrimento do bem-estar grupal). Como seria possível que o grupo do exemplo (decidir uma festa) trabalhe com todos seus indivíduos colaborando entre si, buscando a solução sem esperar dependentemente?
Continuarei a observar os comportamentos dos grupos com o fim de concluir se existe grupo que consiga alcançar esse 'status' ou se alguma solução deve ser criada para motivar o grupo no todo a buscar soluções.


Por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Fenômeno no Orkut

Terça, 4 de junho de 2007.
Estava eu e meu colega de pesquisa, o respeitável dr. Ivan Pielke discutindo teorias hoje, quando chegamos a uma conclusão que acreditamos que irá revolucionar a sociedade como a conhecemos.
Caso alguém não saiba o dr. Pielke e eu estudamos com afinco o comportamento humano. Damos continuidade aos trabalhos da então considera moribunda psicologia comportamentalista (também conhecida pelo termo "behaviorismo" do inglês "behave" que significa "comportar-se"), estudando as regras de comportamento dos indivíduos no meio social.
Ultimamente começamos a estudar as interações sociais e comportamentos não só no espaço físico que estamos acostumados. Entramos na era da tecnologia e agora estudamos comportamentos chamados 'on-line'.
O ambiente que encontramos que melhor podemos estudar essas relações humanas é um 'site' de relacionamentos chamado 'orkut' (http://www.orkut.com/).
Depois de exaustantes pesquisas e observações concluimos uma regra que, em maior ou menor intensidade, parece se aplicar para a grande maioria (segundo nossas pesquisas este número seria 97%, sendo obeservados mais de 2500 indivíduos).
A regra é de fácil entendimento: O Orkut comprovadamente faz as pessoas parecerem mais magras. Assim como existe aquele dito popular de que "a camera engorda 10 quilos", nossas pesquisas comprovaram que o orkut faz justamente o contrário.
Nossos próximos passos serão identificar como esse fato ocorre, ou seja, quais as condições necessárias, 'gatilhos' ativadores, etc; e a intensidade que ele ocorre, através de uma tentativa de estabelecer a média de quilos que cada indivíduo reduz no orkut, assim como estabelecer valores que possam determinar mínimo, máximo e anomalias para que seja possível prevenir casos perigosos de redução demasiada ou até mesmo curar casos já existentes do mesmo.

Escrito pelo Doutor em Psicologia Ricardo Ceratti.

Apresentação

Sejam bem-vindos!
The Drunken Scientist é uma revista virtual que tem por objetivo fazer da ciência algo facilmente compreensível! Utilizaremos um linguajar mais acessível e explicaremos complexas teorias de uma forma simplificada e relacionada com o cotidiano de pessoas que não são ligadas a área da ciência para que até mesmo alguém imbecil como você, caro leitor, consiga entender tudo de ciência!
Esperamos que gostem da revista e dos artigos que aqui postaremos, pois pesquisamos com muito afinco e os escrevemos com muito carinho.
Nesta primeira edição teremos a nossa mais recente descoberta que se trata sobre um incrível fenômeno que descobrimos acontecer no 'Orkut'!
Desde já gratos pela atenção.


Ricardo Ceratti.