quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pára-choque do caminhão do Tio Ricardo XI.

Quem quer tudo, não se contenta com nada.
Quem não tem nada, se contenta com tudo e acomoda-se com muito pouco.



Postado por Ricardo Ceratti.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Preconceito.

Ao longo de nossas vidas vivenciamos fatos, vemos notícias, observamos acontecimentos, nos são comentadas coisas, etc. É com este leque de experiências que formamos nossos conceitos. E pré-conceitos.
Graças a estas experiências somos capazes de fazer uma espécie de estatística para nos ajudar a tomar decisões, a agir. Nem sempre essas estatísticas e ações nos são conscientes ou propositais. O fato é que acontecem. E devemos ser gratos por elas. Sem este mecanismo a espécie humana muito provavelmente não existiria mais. Talvez deixasse de existir há muito tempo...
Sabemos bem da importância de tomar 1 decisão rápida, instintiva (com ou sem aspas). É o que fez o ser humano diferenciar os seres pacíficos dos hostis, ou senão, uma expressão facil, linguagem corporal, pacífica de uma hostil.
Porém nossa organização atual (que é mera decorrência de ações e organizações ao longo de nossa história) complicou um pouco essa história de preconceito.
A história nos levou a um dado momento, um dado espaço em que, pessoas, digamos, verdes, acabem sendo a maioria dos cometedores de crimes, a julgar entre os cometedores de crimes. Ignora-se se são a maioria entre a população geral, ou ainda se não é, de certa forma, compelida (mais uma vez, com e sem aspas) a tais atitudes desesperadas. Ignoramos fatos como estes pois não é sobre o que quero tratar, assim como é ignorado pelo observador, uma pessoas, talvez, roxa.
Esta pessoa roxa compartilha do mesmo espaço que a pessoa verde, porém as semelhanças não vão muito além disto. Por sua vez, esta pessoa realiza formas diferentes de interações, pensa demasiado diferente, insere-se em uma cultura diferente, etc. Esta pessoa (roxa) é vitimizada por pessoas verdes algumas vezes. Assaltos, por exemplo. Esta pessoa vê notícias de pessoas, também, no geral, verdes, cometendo crimes, seja assaltando, enfrentando as forças da "lei", sequestrando, etc.
Agora pense, com esta realidade, existiria algo mais normal que esta pessoa tenha preconceito contra pessoas verdes? Certamente que não, mas há poréns. Esta pessoa também observa inúmeras pessoas verdes vivendo sob a mesma cultura, ideais e práticas que ela. Ainda assim, em muitas ocasiões se faz melhor "prevenir do que remediar", e esta pessoa fica com um pé atrás contra pessoas verdes.
Por outro lado as pessoas verdes acabam, em muitas ocasiões, se prejudicando pelo receio das pessoas roxas a seu respeito. E mesmo que não se prejudiquem, ninguém aqui gosta quando alguém, sem, a princípio, motivo algum o julgue ou aja com desconfiança.
Em cena, agora, especialmente para vocês, o tragicômico da história. Pessoas verdes criam um conceito e julgam (preconceito) de que as pessoas roxas possuem preconceito contra eles e, assim como as pessoas roxas agem de acordo com esse "instinto", as pessoas verdes acabam por fazer o mesmo... em resposta. (Como eu disse no início, nem sempre consciente ou proposital).
Em meio ao caos surgem os exagerados. Roxos que dizem "todo verde é marginal". Verdes que culpam tudo, incluindo seus próprios fracassos, aos roxos. Exagerados... tsc... tamanha perda de tempo e falta de pensamento.
Para resolver o problema nosso governo (des-governo, se preferir) entra em jogo e cria leis. Leis mal pensadas (o que é bem típico dos des-governos), que buscam "tapar o sol com a peneira", criar uma boa impressão, encontrar soluções imediatas. Tolos, ainda não aprenderam que um problema de longo prazo se resolve a longo prazo? Com EDUCAÇÃO.
Enfim, se um roxo pisar fora da linha (determinada pelo "governo"), ele pode muito bem ser processado por um verde por racismo. O contrário não se aplica, nosso "governo" acredita que o preconceito é uma via de mão única.
Resultado? Muito simples, os roxos acabam vivendo no receio de falar ou fazer algo "fora da lei". Agora o que era um instinto natural que deveria ser trabalhado para uma melhor adaptação virou não só um crime, mas O crime. Longe de mim ser racista! Entra em jogo a dissimulação socialmente aceitável com o objetivo de evitar o crime, evitar conflito.
Sentindo o gosto pelo poder surgem novos fanáticos verdes, aqueles viciados em processar os roxos. Ou nem roxos, vamos processar quem for lilás! E bordô! Vinho! Rosa! Vermelho! Amarelo? Nada a ver... tá, vai! Até que chega ao êxtase da sua droga, processar os próprios verdes.
Opa! Se verde processa verde, sendo que só deveria servir para processar roxos, talvez não seja a cor o real preconceito! Então os verdes se separam, de forma exagerada manufaturam uma cultura para chamar de sua. Prooooonto! Agora "verde de verdade" precisa estar incluído NESTA cultura, caso contrário vai estar mais para roxo ("e aí já viu...né?").
Claro que entre os roxos também surjem fanáticos. Fanáticos e daltônicos nesse caso também. Genocídios, buscas pela "raça pura" e o diabo. De certa forma também é criada uma cultura que separa roxos de roxos (ou de "não tão roxos", como axam tais fanáticos). Mas o extremismo violento de alguns "roxíssimos" gera uma guerra, das grandes. O extremismo é derrotado, mas ainda existem seguidores.
Diferente desta nova cultura roxa, a cultura verde vinga. Vinga com seus exageros e, a cada dia, se torna um pouquinho mais extremista. Começam a se identificarem com coisas um tanto supérfluas para uma cultura. Seus valores acabam por ser jóias e mulheres em abundância. Isso e armas. É, armas não podem faltar já que pose de mau vira a atitude fundamental desta cultura.
E esta nossa bola de neve não para de crescer e se desenvolver por ambos lados (ou seria pelos quatro lados???). Ainda se fossemos um pouco civilizados e educados. Compreensivos talvez. Diálogo. Coerência.
É... pelo jeito a bola não vai parar de crescer tão cedo. Pena.




Postado por Ricardo Ceratti.

sábado, 19 de julho de 2008

Reflexão II.

Sobre mim recai a maldição de nunca saber o que quero.



Postado por Ricardo Ceratti.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Reflexão.

Queimar pontes não é fácil nem agradável e pode ser muito mal interpetado. Porém existem momentos em que devemos fazê-lo afim de construir em seu lugar uma outra ponte ou uma ponte de outro tipo.




Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Frase I

A Democracia é uma ferramenta fantástica, porém totalmente ineficiente se utilizada por pessoas burras.



Postado por Ricardo Ceratti.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Valores

Andei refletindo um pouco e percebi como valores errôneos estão inseridos profundamente em nossas tradições, costumes, enfim, em nosso cotidiano.
Motivações falsas. Falsas, me refiro no sentido de não nos serem próprias, originais, instintivas. Instinto praticamente já se tornou um completo estranho em nossas vidas, o que deveria ser algo natural acaba por nos surpreender quando é ouvido e "dá certo", de tanto que nos afastamos dele. Como eu estava dizendo, nossas motivações no geral vão contrárias a nossa natureza, muitas vezes, inclusive, contrárias à nossa saúde, à nossa felicidade.
Um exemplo que, creio todos já passaram por isso ou conhecem alguém que passou, é o dos pais que convencem os filos de que "em primeiro lugar o dinheiro, depois o prazer", como forma de dissuadir um recém formado no ensino médio a desistir de alguma escolha de ensino superior por "não dar dinheiro", motivando, por outro lado, a uma escolha mais estável, ou até, mais tradicional (e a palavra se repete). Por exemplo, que se desista da faculdade de música para cursar direito, odontologia, engenharia...
Não estou aqui defendendo que caiamos todos na "gandaia" nem nada disso. Mas não vejo como escolher um rumo profissional (que, neste caso, levaria meia década de estudos, em muitos casos altamente custosos, para, então, o ingresso em "ganhar dinheiro") que seja incongruente consigo, possa ser visto como certo. Ok, ganha menos. Ok, o mercado de trabalho é mais complicado ou menor. Mas e a felicidade de se fazer o que se gosta? Não conta?
Eis que entra o que eu considero do avesso. Não, não conta. Nossos valores colocam a escalada financeira acima da satisfação pessoal, da felicidade.
Não sou contra ganhar dinheiro, muito pelo contrário. Sou contra ser infeliz. Não acredito que exista casa no mundo, no país, estado, bairro que for, com o conforto que tenha, ou o carro, por mais moderno que seja, que irá compensar pela infelicidade (ou, "apenas" resignação) de ter de acordado todos os dias para ir fazer algo que não se gosta.
Agora que mostrei o que quis dizer, volto ao "inseridos profundamente". Os costumes da época, os amigos, os parantes, enfim, toda forma de influência, convenceram aqueles pais de que o dinheiro deva vir em primeiro lugar, e agora eles, por sua vez, exercem esta mesma influência para conseguirem convencer os filhos deste mesmo pensamento, desta mesma crença. Obviamente estes filhos serão alvos de outras formas de influência neste mesmo sentido, assim como seus pais, assim como os pais dos seus pais.
A inserção é tão profunda que, muitas vezes, nem se sabe o motivo daquele valor existir (o que, obviamente, não é o caso do exemplo). Uma professora minha uma vez contou uma história de uma moça bem sucedida, fazia determinada tarefa de um determinado jeito. Ao ser questionado do motivo para este jeito ela respondeu que sua mão fazia desta forma, assim como a mãe dela. Ou seja, é um costume, uma tradição. Ao investigar as gerações anteriores se descobriu que esta determinada forma era a única na qual a família, naquela época, havia condições financeiras de fazer a tal coisa.
Não se faz necessário dizer a moral da história, né?
Existem outros valores desta mesma categoria, uns eu já contestei ao longo de outros textos que escrevi aqui, outros, ainda não cheguei a me confrontar, e outros, admito, ainda não tive coragem de admitir contestar.
E é justamente ESSE o problema destes valores. Eles estão tão enterrados que se tornam quase incontestáveis. Criticá-los é ir contra o que se supõe como "certo", "verdadeiro" e, muitas vezes, "bom", no sentido de bondade mesmo. Muitas contestações são vistas como "falta de coração" ou sinônimos de maldade. Na verdade, percebo, trata-se apenas de um problema tanto de perspectiva, quanto de não refletir sobre determinado assunto por préconceito, pré conceito. Imutável.





Postado por Ricardo Ceratti.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Relacionamento com os costumes.

Somos divididos em três grupos bem distintos de pessoas:
Os que seguem as regras (por regras eu digo convenções sociais e/ou leis e/ou conceitos e/ou costumes ou até mesmo todas anteriores).
Os que são contra a regra.
E aqueles que são uma caricatura oposicionista à regra.
Para facilitar A (regras), B (contra-regras) e C (caricaturas).
E é justamente C quem complica a relação. Enquanto A sabe seu lugar de torcer o nariz para B, que por sua vez critica a imutabilidade de A, C, por sua vez, se acha B.
Complicado? Nem tanto. Um exemplo ajuda:
A moral e os bons costumes nos ensinam que devemos nos portar corretamente, não gritando, sendo polidos, poupando as pessoas de comentários desagradáveis, enfim, uma postura. Uma postura definida e aceita pela sociedade. E é assim que A age ou busca agir.
Por outro lado temos B, que possui crenças internas de como agir. Fazendo o que considera certo. Pode resolver não perder a chance de falar com alguém por falta de chamar a pessoa com um grito. Pode demonstrar afeto com palavras chulas ou com ofensas amistosas sem cunho ofensivo (muito pelo contrário). Pode achar que ser sincero vem acima do bom convívio social, repsondendo assim com sinceridade àquela pergunta "estou bonita?" "tu me acha inteligente?", etc., mesmo que isto possa causar algum mal-estar momentâneo. Resumindo, faz o que acha certo.
Já o tipo C não traz em si as crenças internas bem formadas do tipo B. Porém não deseja se portar como A. São aquelas pessoas que gritam para chamar a atenção, avacalham por avacalhar, falam de coisas desagradáveis, aparentemente apenas pelo prazer de serem desagradáveis. Em suma, buscam gritar ao mundo como são diferentes, como são rebeldes, que pensam fora da casinha, quando, na verdade, apenas fazem, cegamente, o oposto do comportamento de A.
Podemos ver no exemplo de relacionamentos. O costumeiro é o homem se aproximar e a mulher "se fazer". Algumas pessoas acham que qualquer um dos dois deve se aproximar, e fazê-lo com sinceridade (de sincero ao que sente, a sincero como age). Por fim temos aquelas pessoas que chegam "dando no meio" de todos. Todos/as todas/os.
Note as "sutilezas". Ficou mais fácil diferenciar, não?
As ações de A são fortemente influenciadas pela sociedade. As ações de B são fortemente influenciada por suas crenças. As ações de C são fortemente influenciadas pelo sua falta de influência (externa ou interna) e por sua sempre crescente necessidade de aparecer e mostrar para o mundo que não são A.
Não me parecem autenticas as atitudes de C. Quando ninguém os observa, baixam a guarda e mudam suas opiniões, conceitos, atitudes. Pois, no fundo, eles próprios não acreditam em suas crenças.
Me parece uma relação bem simples:
A segue as regras. B contesta. C tenta aparecer.
Tenta aparecer com o que sua visão desfocada o faz crer ser a pedra fundamental na vida de B. No fundo se trata de uma admiração perturbada.
Na minha sincera opinião? C me incomoda, atitudes forçadas simplesmente não me "descem". E não me parece digno de grande confiança, afinal não sabe quem ele mesmo é.




Postado por Ricardo Ceratti.