terça-feira, 11 de março de 2008

Carpe Diem

Há tempos muito se tem falado em aproveitar o dia, já que o amanhã não se sabe.
Não me leve a mal, aproveitar o dia é uma coisa ótima. Só acho que o problema aparece quanto se vive única e exclusivamente para o hoje.
Vejo cada vez mais gente tendo essa idéia como objetivo de vida. O problema de viver para o hoje é que não se constrói o seu amanhã. E aí, como fica?
Não me presto a estudar, Papai me dá dinheiro pra festiar todos dias. Trabalhar? Há! Nem pensar! Meu negócio é aproveitar, não sou loser que nem vocês que se preocupam.
Anmram. Papai morre e deixa uma belíssima herança! Dívidas, amantes com rabanho de baú, dívidas, dores de cabeça e mais um pouco de dívidas. E agora, magrão?
Não aprendeu nada do tempo que "estudou", não tem habilidade para emprego algum (pelo contrário, cansa só de pensar em ir trabalhar) e, para piorar, não sabe nem preparar sua própria comida.
É, quem vai trocar a fralda agora?
Mas... não poupou um centavo da grana que o papai dava todos dias? Poupar? Isso é pra fracos! Pra quê preciso guardar dinheiro se amanhã vem mais?
Nessas horas eu penso que ter nascido meio idoso talvez tenha me sido uma benção. A metade idoso se preocupa com o futuro, minha metade pré adolescente (sim, pré, pra compensar os anos e anos de "mão-de-vaquisse" do idoso) sabe como "aproveitar o dia".
Equilíbrio me parece a palavra chave pra vida. Difícil é tê-lo.
Juízo, menino.



Postado por Ricardo Ceratti.

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