Queria agradecer aos agricultores da discórdia.
Aquelas pessoinhas que dedicam suas vidas a atrapalhar a vida dos outros, a tentar sabotar a felicidade alheia, criar problemas, fazer fofocas, colocar minhocas em cabeças sãs... enfim, que se dedicam a plantar discórdia.
Pensam que não lhes custa nada tais atitudes. Pensam que ainda possuem muitas décadas de vida pela frente e que isso é tempo mais do que suficiente.
Aliás, é tempo DEMAIS, pois não sabem o que fazer com tanto tempo.
Pouco a pouco tomam atitudes invejosas, de minar a felicidade alheia para não se sentirem tão infelizes. "Não custa nada", pensam, pois o ócio se infiltra em suas vidas e se vêem incapazes de buscarem soluções positivas para o mesmo. Se vêem incapazes de buscar soluções que melhores suas vidas.
Pouco a pouco, o tempo passa.
Algum dia as cabeças amadurecem.
Ou não. Nem todas conseguem tal façanha.
As que conseguem, caem na tristeza de perceber o quanto de sua própria vida abriram mão. Quanto tempo que poderiam aproveitar, mas desperdiçaram na ilusão de imortalidade.
Algumas mudam suas vidas, compensam pelo desperdício. Estas conseguem alguma paz em seu leito final.
Outras acreditam que não há mais conserto, se dedicam a continuar naquele esforço do qual já se tornaram exímios.
De outro lado temos aqueles que chegam ao fim de seus dias sem ter conseguido perceber seu erro. Estas terão a recompensa em seu leito final! A recompensa de seu contador regressivo chegar a zero sem terem realizado nada de que realmente se orgulhem, sem terem SE realizado. A recompensa de viver até seus ultimos dias com aquele sofrimento, aquela angústia que não fazem idéia da causa. A angústia de terem dedicado suas vidas, não ao benefício próprio e daqueles que amam, e sim da destruição de todos que cruzam seu caminho. A angústia de não terem construído nada de positivo para si e, ainda assim, se questionarem "Por que me sinto assim? Sofro assim? Por que minha vida não foi boa comigo, para mim?".
Eu, sinceramente, sinto pena de tais pessoas.
Talvez estas pessoas realmente atinjam seus objetivos, alvejando a vida alheia, muitas vezes de forma irrecuperável.
No fundo me prendo à crença de que não são tão eficientes assim.
Quanto a mim, que disparem seus venenos.
Cada bala que me atinge é uma possibilidade de crescimento.
Cada bala é um convite a pensar, uma caricatura que me mostra o que não quero ser, o que não desejo para mim, do que me afastar.
Cada bala traz consigo uma conversa que melhora e blinda meus relacionamentos, pois, mentiras não ferem aqueles que não devem.
Resumindo, cada bala pode trazer um certo incômodo à minha vida, algum nível de desregulação na minha vida. Mas este período cessa rapidamente e, em seu lugar deixa apenas um reforçado alimento de caráter. No final das contas, todo efeito que encontra é o de fortalecer, a mim e aos meus relacionamentos.
Pois então... obrigado! Sintam-se à vontade para continuar a se matar aos poucos com seus venenos enquanto me fazem grande.
Postado por Ricardo Ceratti.
quarta-feira, 25 de março de 2009
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