O quanto nossas
avaliações das situações vividas são realistas?
Existem
tantas variáveis, tantas coisas que poderiam ser diferentes, que um evento,
acontecido numa outra das mil variáveis maneiras, passaria a ter uma significação
completamente distinta.
Aquele
emprego detestável seria uma salvação se viesse no momento em que suas
economias estavam quase esgotadas e por meses você não obtinha sucesso na busca
por qualquer ocupação que gerasse renda.
Aquele
relacionamento morno e tedioso poderia ter sido a melhor experiência afetiva de
sua vida caso ambos possuíssem tempo e dinheiro para atividades de lazer que
ambos gostam, o que desencadearia em descobrir excitantes facetas da outra
pessoa, propiciando conversas inspiradoras e compartilhamento de hobbies
extremamente gratificantes.
Aquele
reinado de boa fortuna, na qual todas pessoas achavam você interessante, e inúmeras
portas se abriam, poderia nunca ter existido não fosse o bom humor e confiança inspirados
pelo sucesso daquela idéia inovadora na qual você decidiu investir.
O
nascimento de seu filho não planejado pode vir ser a única forma de motivação
para estudar para um concurso público, ou demonstrar empenho e ser promovido no
seu emprego.
Sua melhor
amiga poderia não ocupar o posto que ocupa não fosse estar na hora e local
certo quando você estava no dia mais triste da sua vida, precisando de um ombro
(e ouvido!) amigo.
A situação
define a interpretação da experiência.
Mais do que
isso, a situação define como, quais, quantas experiências serão vividas. E seus
possíveis resultados. E a interpretação destes resultados. E a reação que damos
a estes resultados. Um ciclo sem fim!
Pensando no
âmbito das possibilidades, não existe, salvo exceções, situação intrinsecamente
boa ou ruim. É apenas tida como tal para aquele momento, naquelas condições,
com aquela mentalidade, desejos e sonhos que você possuía na época.
Postado por Ricardo Ceratti.
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