domingo, 24 de julho de 2011

Ah, modernidade...

O que aconteceu com a humanidade?
O que aconteceu com a sutileza, com valorizar o que é bom, o que é puro, com fazer valer os momentos, com apreciar as pequenas e importantes coisas?
O que aconteceu? Onde nos perdemos?
Onde foram parar... amor, decência, lealdade, honestidade...?
Onde foi parar nossa visão ampla do mundo, da vida?
Só enxergamos o agora, só vivemos para o agora, consumimos tudo, nos consumimos, desvalorizamos tudo.
Nada é bom, nada basta, nada vale a pena parar, nada vale respirar fundo, olhar a paisagem, aproveitar uma boa companhia.
Nada.
Só correr.
Correr e se estressar.
E usar tudo e todos como válvulas de escape para o estresse.
E banalizar as relações.
Banalizar as pessoas.
Banalizar a natureza.
Banalizar... a vida.
A vida não é eterna, sabia?
Uma hora tudo acaba.
Seja para si, ou seja para quem não percebemos no dia a dia que importa tanto assim.
E aí, quando acaba, o que tu faz, espertinho?
Não dá para voltar no tempo.
A vida não é um computador, com seu "undo" facilmente acessível à mão esquerda.
Sabe... me parece que estamos nos acostumando com a idéia de vida eterna, em conjunto com o fanatismo pela competição.
Parece uma corrida.
Uma corrida desenfreada, na qual precisamos de status, de dinheiro, usar todos, comprar tudo.
Um jogo, no qual podemos nos entreter com desavenças, desagrados, desuniões e outros "des".
Um jogo que parece muito interessante e válido.
Agora.
Mas... e a longo prazo, como fica?
E no somar dos anos, de que isso tudo importa?
De que tudo importa?
O que importa?
É bom ir pensando.
Tempo é o bem menos valorizado.
Pense no que quer fazer com o seu.




Postado por Ricardo Ceratti.

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