terça-feira, 25 de novembro de 2008

Máscaras

Post da Helen e na seqüência minha resposta:

Inconsequente.
Na minha singela opinião, deveríamos 'ser o que somos' todos os dias;
deveríamos mostrar nossa verdadeira face insana, até porque, sem nenhuma exceção, somos seres constituídos de vontades, desejos, utopias e pensamentos indevidamente rotulados.
As pessoas possuem mania de mascarar o que sentem e querem;
obviamente, às vezes temos que nos polir, mas deveríamos ser eternos inconsequentes, deixando o medo, o receio e todas as 'regrinhas' impostas pela sociedade de lado, saciando todas as vontades súbitas, fazendo 'o que dá na telha'.
Porque o ser humano acaba sempre por pensar demais e fazer de menos.

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quer saber? que se danem as consequências, eu quero é ter histórias pra contar!




Postado por Helen.



Minha vez:


Pois é... máscaras são foda.
Estamos sendo constantemente julgados pelos outros.
Muito se pode ignorar esse julgamento, mas eventualmente nos deparamos com situações onde são justamente aqueles julgamentos que vão decidir nossa sorte.
E agora? Agora é hora de manufaturar uma máscara nos mínimos detalhes! Uma obra de arte capaz de convencer os outros de que se trata de nosso real rosto.
No início a usamos apenas em algumas situações e para algumas pessoas.
Mas vamos nos acostumando, vai fazendo parte da gente. Até que chega ao ponto de não sabermos mais diferenciar o natural do artificial.
E ae? E ae FODEO (dispensando o perdão da palavra)! E ae rolam crises de identidade. "quem sou eu? do que eu gosto? por que as coisas são assim? por que não me acerto com ninguém? por que não consigo emprego? por...".
Até que um dia esta maldita choradeira passa e a pessoa percebe (ou não, muitos nunca chegam a perceber) que tudo isso se deve ao fato da confusão identificatória, de personalidade, que ela causou a si própria devido ao uso prolongadííííííssimo da máscara!
A minha solução?
Não usar máscaras! Nunca! Ou evitar usá-la ao máximo!
Utopia?
Certamente!!!
Mas, eu vejo que somente assim é possível que a pessoa construa relacionamentos verdadeiramente autênticos. E somente assim a pessoa consegue ser capaz de se conhecer e aceitar.

Agora... pensar d+ e fazer d- já é um outro probleminha.
Medo de errar e insegurança (em imensamente boa parte proporcionados pelo tal do julgamento) acabam nos travando em rodeios mentais, aumentando a ansiedade e paralisando a naturalidade.


Dois assuntos, uma conclusão: DEPRIMENTE!


(Texto levemente modificado da resposta original)

É justamente por estes motivos que eu prefiro agir no improviso, no instinto.
Me parece infinitamente mais valioso uma amizade (por exemplo) onde as pessoas sejam naturais e se aceitem como são, do que incontáveis "amizades" que só existem e "funcionam" por causa das máscaras, das imagens errôneas que são transmitidas.




Postado por Ricardo Ceratti.

3 comentários:

Helen disse...

como sempre, mandou bem no comentário!

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'conflitos existenciais'

Helen disse...

Que legal ler isso aqui depois de 7 anos e perceber que penso igual!

Ps.: sdds de escrever.

The Drunken Scientist disse...

Pois é.
Reli e concordei bastante contigo, mas mais ainda com o cara que comentou depois, hem! oehauoheuoah
Volta a escrever então, figura!