quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vento.

O vento me acaricia o rosto.
Meus olhos se fecham.
Por alguns instantes é como se nada existisse.
Como se os problemas se esvaissem.
Todas as preocupações se tornassem tolisses.
Neste momento não importa quanto falta para terminar a faculdade, minha situação financeira ou amorosa, não ter meu veículo, não morar sozinho, não ter mais alguma amizade, algum amor, não importa nem se preciso fazer a barba ou me agasalhar melhor.
Não penso, só aproveito.
Mas não dura. Logo os pensamentos começam a inundar-me a mente mais uma vez.
Começo pensando em como eu gostaria de acampar. Viajar sem rumo. Subir o morro deserto que tem aqui perto.
Lembro o quanto não gosto dessa vida. Desse rumo de vida. Desse objetivo de vida. Gosto de viver, só não assim. Queria liberdade, natureza.
Penso nas grandes vantagens da "civilização". Tenho "troçentos" canais para assistir, computador agora com banda larga... Posso ir num cinema ou numa festa... Tenho uma segurança relativa, uma saúde relativa preservada por médicos e remédios...
É... ainda assim eu trocaria. Ainda assim gostaria mais da liberdade. Da natureza. Do vento em meu rosto.



Postado por Ricardo Ceratti.

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